ABSTRACT Introduction: to analyze the mental health care in primary health care in a Minas Gerais municipality, in the 1980s. Method: a qualitative study, from the perspective of the history of the present time. Sources: Written and oral documents obtained by an interview with six professionals from a basic health unit (BHU). We used the inductive method that starts from the internal and external critical posture of the sources, establishing the relationships with the historical-social context in which they were inserted. Results: the data resulted in two categories: revealing the asylum reality in Juiz de Fora through the narrative of the professionals of the basic health unit and the professionals' reports about difficulties in understanding the reform proposal and consequences in the organization of services and care. Discussion: in the pre-psychiatric retirement period, the de-hospitalization process determined the demand for mental health care at the BHU, which was not properly received due to the unpreparedness of the health team. The asylum logic guided the care and did not sufficiently contemplate the care of people with mental disorders, being limited to the reproduction of medical prescriptions and referrals to specialized services. Conclusion: the team faced, as far as possible, the difficulties found, and the BHU studied was a pioneer in out-of-hospital mental health care, which would later be qualified by the Municipal Secretariat of Mental Health of Juiz de Fora.
RESUMEN Introducción: analizar la atención en salud mental en la atención primaria en un municipio de Minas Gerais, en la década de 1980. Método: estudio cualitativo, desde la perspectiva de la historia de la actualidad. Fuentes: documentos escritos y orales obtenidos por entrevista con seis profesionales de una unidad básica de salud (UBS). Se utilizó el método inductivo que parte de la postura crítica interna y externa de las fuentes, estableciendo las relaciones con el contexto histórico-social en el que se insertaron. Resultados: los datos dieron como resultado dos categorías: revelando la realidad del manicomio en Juiz de Fora a través de la narrativa de los profesionales de la unidad básica de salud y los informes de los profesionales sobre las dificultades para comprender la propuesta de reforma y las consecuencias en la organización de los servicios y en la atención. Discusión: en el período previo a la reforma psiquiátrica, el proceso de deshospitalización determinó una demanda de atención de salud mental en la UBS que, debido a la falta de preparación del personal de salud, no fue recibida adecuadamente. La atención de las UBS seguía la lógica del manicomio y no contempló suficientemente los cuidados de las personas con trastornos mentales, limitándose a la reproducción de recetas médicas y derivaciones a los servicios especializados. Conclusión: el equipo enfrentó, en la medida de lo posible, las dificultades encontradas y la UBS estudiada fue pionera en la atención de salud mental extrahospitalaria, después calificado por la Secretaría Municipal de Salud Mental de Juiz de Fora.
RESUMO Introdução: analisar a atenção em saúde mental na atenção primária à saúde em um município mineiro, na década de 1980. Método: estudo qualitativo, na perspectiva da história do tempo presente. Fontes: documentos escritos e orais obtidos por entrevista com seis profissionais de uma unidade básica de saúde (UBS). Utilizou-se o método indutivo que parte da postura crítica interna e externa das fontes, estabelecendo as relações com o contexto histórico-social em que estavam inseridas. Resultados: os dados resultaram em duas categorias: revelando a realidade manicomial em Juiz de Fora pela narrativa dos profissionais da unidade básica de saúde e relatos dos profissionais sobre dificuldades de compreensão da proposta da reforma e consequências na organização dos serviços e na assistência. Discussão: no período pré-reforma psiquiátrica, o processo de desospitalização determinou uma demanda de atendimento em saúde mental na UBS, a qual não foi devidamente acolhida devido ao despreparo da equipe de saúde. A lógica manicomial guiava o atendimento e não contemplou suficientemente o cuidado às pessoas com transtornos mentais, limitando-se à reprodução de prescrições médicas e encaminhamentos para serviços especializados. Conclusão: a equipe enfrentou, dentro do possível, as dificuldades encontradas e a UBS estudada foi pioneira em atendimento extra-hospitalar em saúde mental, o que mais tarde seria qualificado pela Secretaria Municipal de Saúde Mental de Juiz de Fora.