A partir das recomendações sobre experiências que aproximam a formação em saúde da realidade de populações em situação de vulnerabilidade, apresenta-se um relato de experiência, na perspectiva de um trabalhador residente em saúde, sobre a vivência de estágio no Território Indígena Xukuru do Ororubá (Pernambuco/Brasil). Emergiram reflexões sobre as condições de vida e saúde do povo indígena, o processo pedagógico de estágio e repercussões na formação e no fazer profissional, além das fragilidades relacionadas à cobertura e longitudinalidade do cuidado em saúde bucal. Por meio de intervenções com a perspectiva de autonomia dos sujeitos, foi possível aprimorar o olhar sociopolítico à questão indígena. Aponta-se a potencialidade da proposta, que estimula o confronto entre saberes profissionais instituídos e a realidade objetiva das comunidades, buscando superar o modelo colonial de cuidado, ampliando a perspectiva de atuação do profissional em formação para o Sistema Único de Saúde (SUS).
This is an experience report, based on the recommendations that call to close the gap between health education and the reality of populations in vulnerable situations, from the perspective of a residence worker, about the internship experience in the Xukuru do Ororubá Indigenous Territory (Pernambuco/Brazil). The observations emerged regarding the living and health conditions of the indigenous people, the internship pedagogical process and its repercussions on professional training and practice, as well as the weaknesses related to the coverage and longitudinality of oral health care. It was possible to improve the socio-political glance at the indigenous issue through interventions from the perspective of subject autonomy. The potentiality of the proposal is evident, stimulating the confrontation between established professional knowledge and the objective reality of the communities, seeking to overcome the colonial model of care, expanding the perspective of professional training for the Brazilian National Health System (SUS).
A partir de las recomendaciones sobre experiencias que aproximan la formación en salud de la realidad de poblaciones en situación de vulnerabilidad, se presenta un relato de experiencia, desde la perspectiva de un trabajador residente de salud, sobre la experiencia de pasantía en el Territorio Indígena Xukuru del Ororubá (Pernambuco/Brasil). Surgieron reflexiones sobre las condiciones de vida y salud del pueblo indígena, el proceso pedagógico de la pasantía y las repercusiones en la formación y el quehacer profesional, además de las fragilidades relacionadas con la cobertura y longitudinalidad del cuidado de salud bucal. Por medio de intervenciones con la perspectiva de autonomía de los sujetos, fue posible perfeccionar la mirada sociopolítica sobre la cuestión indígena. Se señala la potencialidad de la propuesta que incentiva el enfrentamiento entre saberes profesionales instituidos y la realidad objetiva de las comunidades, buscando la superación del modelo colonial de cuidado, ampliando la perspectiva de actuación del profesional en formación para el Sistema Brasileño de Salud (SUS).