ABSTRACT OBJECTIVE To estimate the public-private composition of HIV care in Brazil and the organizational profile of the extensive network of public healthcare facilities. METHODS Data from the Qualiaids-BR Cohort were used, which gathers data from national systems of clinical and laboratory information on people aged 15 years or older with the first dispensation of antiretroviral therapy between 2015–2018, and information from SUS healthcare facilities for clinical-laboratory follow-up of HIV, produced by the Qualiaids survey. The follow-up system was defined by the number of viral load tests requested by any SUS healthcare facility: follow-up in the private system – no record; follow-up at SUS – two or more records; undefined follow-up – one record. SUS healthcare facilities were characterized as outpatient clinics, primary care and prison system, according to the respondents’ self-classification in the Qualiaids survey (72.9%); for non-respondents (27.1%) the classification was based on the terms present in the names of the healthcare facilities. RESULTS During the period, 238,599 people aged 15 years or older started antiretroviral therapy in Brazil, of which 69% were followed-up at SUS, 21.7% in the private system and 9.3% had an undefined system. Among those followed-up at SUS, 93.4% received care in outpatient clinics, 5% in primary care facilities and 1% in the prison system. CONCLUSION In Brazil, antiretroviral treatment is provided exclusively by SUS, which is also responsible for clinical and laboratory follow-up for most people in outpatient clinics. The study was only possible because SUS maintains records and public information about HIV care. There is no data available for the private system. publicprivate QualiaidsBR BR used 1 20152018 2015 2018 2015–2018 clinicallaboratory followup follow up facility record clinics respondents selfclassification self 72.9% 729 72 9 (72.9%) nonrespondents non 27.1% 271 27 (27.1% period 238599 238 599 238,59 69 followedup followed 217 21 7 21.7 93 3 9.3 934 4 93.4 5 2015201 201 2015–201 72.9 (72.9% 27.1 2 (27.1 23859 23 59 238,5 6 21. 9. 93. 201520 20 2015–20 72. (72.9 27. (27. 2385 238, 20152 2015–2 (72. (27 2015– (72 (2 (7 (
RESUMO OBJETIVO Estimar a composição público-privada da assistência em HIV no Brasil e o perfil organizacional da extensa rede de serviços públicos. MÉTODOS Foram utilizados dados da Coorte Qualiaids-BR, que reúne dados dos sistemas nacionais de informações clínicas e laboratoriais de pessoas com 15 anos ou mais com primeira dispensação de terapia antirretroviral, entre 2015–2018, e informações dos serviços do SUS de acompanhamento clínico-laboratorial do HIV, produzidas pelo inquérito Qualiaids. O sistema de acompanhamento foi definido pelo número de exames de carga viral solicitados por algum serviço do SUS: acompanhamento no sistema privado – nenhum registro; acompanhamento no SUS – dois ou mais registros; acompanhamento indefinido – um registro. Os serviços do SUS foram caracterizados como ambulatórios, atenção básica e sistema prisional, segundo autoclassificação dos respondentes ao inquérito Qualiaids (72,9%); para os não respondentes (27,1%) a classificação baseou-se nos termos presentes nos nomes dos serviços. RESULTADOS No período, 238.599 pessoas com 15 anos ou mais iniciaram a terapia antirretroviral no Brasil, das quais, 69% receberam acompanhamento no SUS, 21,7% no sistema privado e 9,3% tiveram o sistema indefinido. Entre os acompanhados no SUS, 93,4% foram atendidos em serviços do tipo ambulatório, 5% em serviços de atenção básica e 1% no sistema prisional. CONCLUSÃO No Brasil o tratamento antirretroviral é fornecido exclusivamente pelo SUS, que também é responsável pelo acompanhamento clínico-laboratorial da terapia da maior parte das pessoas em serviços ambulatoriais. O estudo só foi possível porque o SUS mantêm registros e informações públicas acerca do acompanhamento em HIV. Não há nenhum dado disponível para o sistema privado. públicoprivada público privada públicos QualiaidsBR, QualiaidsBR BR, BR Qualiaids-BR 1 20152018 2015 2018 2015–2018 clínicolaboratorial clínico laboratorial registro ambulatórios prisional 72,9% 729 72 9 (72,9%) 27,1% 271 27 (27,1% baseouse baseou se período 238599 238 599 238.59 quais 69 217 21 7 21,7 93 3 9,3 934 4 93,4 ambulatório 5 ambulatoriais 2015201 201 2015–201 72,9 (72,9% 27,1 2 (27,1 23859 23 59 238.5 6 21, 9, 93, 201520 20 2015–20 72, (72,9 27, (27, 2385 238. 20152 2015–2 (72, (27 2015– (72 (2 (7 (