RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A disfunção temporomandibular é uma condição crônica que afeta grande parte da população universitária, merecendo maior importância na saúde pública, devido as consequências negativas que pode proporcionar no rendimento acadêmico e na qualidade de vida desses indivíduos. Esta pesquisa teve como objetivo verificar a associação e correlação entre os sinais e sintomas de disfunção temporomandibular com depressão em universitários da Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão. MÉTODOS: Estudo epidemiológico, descritivo e transversal de abordagem quantitativa com 199 estudantes universitários. Para a coleta de dados, foram aplicados o Índice Anamnésico de Fonseca e o Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders eixo II. Os dados foram analisados por meio dos testes Qui-quadrado de Pearson, Exato de Fisher e correlação de Spearman, considerando uma significância estatística de 5%. RESULTADOS: 37,7% dos acadêmicos apresentavam sinais e sintomas de disfunção temporomandibular leve, 19,6% moderada e 9% grave. A disfunção temporomandibular foi mais frequente em acadêmicos do sexo feminino (70,2%) e na faixa etária dos 19 aos 24 anos (70,2%). Ao avaliar os graus de sintomas de depressão, verificou-se que 25,1% dos acadêmicos apresentavam depressão moderada e 17,1% grave. Houve associação estatisticamente significativa (p<0,001) e correlação positiva fraca (r=0,38; p<0,001) entre a presença de sinais e sintomas de disfunção temporomandibular com depressão. CONCLUSÃO: Os resultados desta pesquisa sugerem que existe uma relação entre disfunção temporomandibular e depressão em universitários, com maior prevalência em mulheres, entretanto necessita-se de métodos diagnósticos mais específicos para comprovar essa relação e necessidade de tratamento.
ABSTRACT BACKGROUND AND OBJECTIVES: Temporomandibular joint dysfunction is a chronic condition that affects a large part of the college population, deserving greater importance in public health due to the negative consequences in students’ performance and in the quality of life of these individuals. The objective of this study is to check the association and correlation of temporomandibular dysfunction symptoms and signs with depression in students from the School of Science and Technology of Maranhão. METHODS: Epidemiological, descriptive and cross-sectional study with the quantitative approach with 199 undergraduate students. For data collection, we used Fonseca’s Anamnestic Index and the Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders, Axis II. Data were analyzed using Pearson’s Chi-square test, Fisher’s Exact test, and Spearman’s Correlation, considering a statistical significance of 5%. RESULTS: 37.7% students showed signs and symptoms of mild temporomandibular dysfunction, 19.6% moderate and 9% severe. Temporomandibular dysfunction was more frequent in female students (70.2%) between the ages of 19 to 24 years (70.2%). When assessing the level of depression symptoms, it was found that 25.1% students had moderate depression and 17.1% severe. There was no statistically significant association (p<0.001) and weak positive correlation (r=0.38; p<0.001) between the presence of temporomandibular dysfunction signs and symptoms and depression. CONCLUSION: The results of this study suggest that there is a relationship between temporomandibular dysfunction and depression in undergraduate students, with higher prevalence in women, however, more specific diagnostic methods are necessary to confirm this relationship and the need for treatment.