RESUMO Objetivo: Analisar a morbidade e a mortalidade intra-hospitalar e em 1 ano associadas à disfunção gastrintestinal aguda em pacientes graves com COVID-19 por meio de um sistema de pontuação predefinido. Métodos: Entre março e julho de 2020, pacientes consecutivos hospitalizados com COVID-19 de uma única instituição foram analisados retrospectivamente por meio de revisão de prontuários médicos. Foram incluídos somente aqueles que permaneceram na unidade de terapia intensiva por mais de 24 horas. A disfunção gastrintestinal foi avaliada segundo um sistema predefinido de pontuação de lesão gastrintestinal progressiva de cinco pontos, considerando os primeiros 7 dias de hospitalização. Também se registraram os dados laboratoriais, as comorbidades, a necessidade de ventilação mecânica, a duração da internação na unidade de terapia intensiva e as taxas de mortalidade intra-hospitalar e em 1 ano. Resultados: Do total de 230 pacientes examinados, 215 foram incluídos na análise. A idade mediana foi de 68 anos (54 - 82), e 57,7% eram do sexo masculino. Os escores totais de disfunção gastrintestinal foram zero (79,1%), I (15,3%), II (4,7%), III (0,9%) e IV (0%). Qualquer manifestação de disfunção gastrintestinal estava presente em 20,9% de todos os pacientes e foi associada à maior duração da internação (20 dias [11 - 33] versus 7 dias [4 - 16]; p < 0,001) e a níveis mais altos de proteína C-reativa na admissão (12,8mg/mL [6,4 - 18,4] versus 5,7mg/mL [3,2 - 13,4]; p < 0,001). O escore de disfunção gastrintestinal foi significativamente associado à mortalidade (RC 2,8; IC95% 1,7 - 4,8; p < 0,001) e à necessidade de ventilação mecânica (RC 2,8; IC95% 1,7 - 4,6; p < 0,001). As taxas de mortalidade hospitalar e em 1 ano aumentaram progressivamente com o aumento dos escores de disfunção gastrintestinal. Conclusão: Na série atual de pacientes de unidades de terapia intensiva com COVID-19, a gravidade da disfunção gastrintestinal, conforme definida por um sistema de pontuação predefinido, foi preditiva de resultados adversos no hospital e em 1 ano. Objetivo intrahospitalar intra COVID19 COVID 19 COVID-1 Métodos 2020 médicos 2 horas pontos hospitalização laboratoriais comorbidades Resultados 23 examinados 21 análise 6 54 (5 82, 82 , 82) 577 57 57,7 masculino 79,1%, 791 79,1% 79 (79,1%) 15,3%, 153 15,3% 15 3 (15,3%) 4,7%, 47 4,7% 4 (4,7%) 0,9% 09 0 9 (0,9% 0%. 0% . (0%) 209 20 20,9 (2 11 [1 33 [ 16 16] 0,001 0001 001 Creativa C reativa 12,8mg/mL 128mgmL mgmL 12 8mg mL mg 6,4 64 [6, 18,4 184 18 57mgmL 5 7mg 3,2 32 [3, 13,4 134 13 13,4] 0,001. RC 2,8 28 8 IC95 IC 17 1, 4,8 48 4,6 46 Conclusão COVID19, 19, COVID1 COVID- 202 ( 57, 79,1 (79,1% 15,3 (15,3% 4,7 (4,7% 0,9 (0,9 (0% 20, 0,00 000 00 6, [6 18, 3, [3 13, 2, IC9 4, 79, (79,1 15, (15,3 (4,7 0, (0, (0 0,0 (79, (15, (4, (79 (15 (4 (7 (1
ABSTRACT Objective: To analyze in-hospital and 1-year morbidity and mortality associated with acute gastrointestinal dysfunction in critically ill patients with COVID-19 via a prespecified scoring system. Methods: Between March and July 2020, consecutive hospitalized patients with COVID-19 from a single institution were retrospectively analyzed by medical chart review. Only those who remained in the intensive care unit for more than 24 hours were included. Gastrointestinal dysfunction was assessed according to a predefined 5-point progressive gastrointestinal injury scoring system, considering the first 7 days of hospitalization. Laboratory data, comorbidities, the need for mechanical ventilation, the duration of intensive care unit stay, and subsequent in-hospital and 1-year mortality rates were also recorded. Results: Among 230 patients who were screened, 215 were included in the analysis. The median age was 68 years (54 - 82), and 57.7% were male. The total gastrointestinal dysfunction scores were 0 (79.1%), I (15.3%), II (4.7%), III (0.9%), and IV (0%). Any manifestation of gastrointestinal dysfunction was present in 20.9% of all patients and was associated with longer lengths of stay (20 days [11 - 33] versus 7 days [4 – 16]; p < 0.001] and higher C-reactive protein levels on admission (12.8mg/mL [6.4 - 18.4] versus 5.7mg/mL [3.2 - 13.4]; p < 0.001). The gastrointestinal dysfunction score was significantly associated with mortality (OR 2.8; 95%CI 1.7 - 4.8; p < 0.001) and the need for mechanical ventilation (OR 2.8; 95%CI 1.7 - 4.6; p < 0.001). Both in-hospital and 1-year death rates progressively increased as gastrointestinal dysfunction scores increased. Conclusion: In the current series of intensive care unit patients with COVID-19, gastrointestinal dysfunction severity, as defined by a prespecified scoring system, was predictive of adverse in-hospital and 1-year outcomes. Objective inhospital hospital 1year year 1 COVID19 COVID 19 COVID-1 system Methods 2020 review 2 5point point 5 hospitalization data comorbidities recorded Results 23 screened 21 analysis 6 54 (5 82, 82 , 82) 577 57 57.7 male 79.1%, 791 79.1% 79 (79.1%) 15.3%, 153 15.3% 15 3 (15.3%) 4.7%, 47 4.7% 4 (4.7%) 0.9%, 09 0.9% 9 (0.9%) 0%. 0% . (0%) 209 20 20.9 (2 11 [1 33 [ 16 16] 0.001 0001 001 Creactive C reactive 12.8mg/mL 128mgmL mgmL 12 8mg mL mg 6.4 64 [6. 18.4 184 18 57mgmL 7mg 3.2 32 [3. 13.4 134 13 13.4] 0.001. OR 2.8 28 8 95CI CI 95 17 1. 4.8 48 4.6 46 Conclusion COVID19, 19, severity outcomes COVID1 COVID- 202 ( 57. 79.1 (79.1% 15.3 (15.3% 4.7 (4.7% 0.9 (0.9% (0% 20. 0.00 000 00 6. [6 18. 3. [3 13. 2. 4. 79. (79.1 15. (15.3 (4.7 0. (0.9 (0 0.0 (79. (15. (4. (0. (79 (15 (4 (7 (1