Resumen El objetivo de este artículo es examinar las prácticas con las que mujeres que vendieron sexo negociaron las condiciones de sus servicios con clientes, policías, parejas y proxenetas una vez abolido el sistema de burdeles patentados en la Argentina. Este estudio se inscribe en un problema de investigación más amplio que estudia las múltiples formas de vender y comprar sexo en la Argentina del siglo XX. Para lograr esta meta analizamos testimonios alojados en causas judiciales por la aplicación de la Ley de Profilaxis Social (1936), que abolió el sistema de burdeles patentados, del Departamento Histórico Judicial Sur de la provincia de Buenos Aires. Partimos de un enfoque que entrecruza en la perspectiva histórica los aportes de los estudios culturales, el género y las sexualidades para identificar las prácticas y sentidos con los que los actores sociales comerciaron servicios sexuales. El artículo argumenta que existe un vínculo entre las prácticas de las mujeres y sus entornos, la herencia de la cultura del sistema reglamentario y las dinámicas sociales regionales. Por último, aporta a un campo escasamente estudiado al enfocarse en espacios periurbanos o rurales tras la abolición de la prostitución reglamentada.
Abstract The aim of this article is to examine the practices with which female sex workers negotiated the conditions of their services with clients, policemen, couples and pimps once the system of regulated brothels in Argentina was abolished. This study is related to long-term research with the goal of describing the multiple configurations of the sale and purchase of sex in Argentina during the 20th Century. Towards this end, it analyses the testimonies found in trial records produced due to the application of the Social Prophylaxis Law (12331, 1936), that abolished the regulated prostitution system, of the Historical Justice Department of the south of the Buenos Aires province. Our approach crosses the historical point of view with the contributions of cultural, gender and sexuality studies to identify the practices and meanings with which these social actors commercialized sexual services. The article argues that there is a link between the practices of women that sold sex and their social group, the cultural legacy of the regulatory system and regional social dynamics. Finally, it contributes to a topic rarely studied by focusing on peri-urban or rural spaces after the abolition of regulated prostitution.
Resumo O objetivo deste artigo é examinar as práticas com as quais as mulheres que vendiam sexo negociavam as condições de seus serviços com clientes, polícia, casais e cafetões, uma vez abolido o sistema de bordéis patenteados na Argentina. Este estudo é parte de um problema de pesquisa mais amplo que estuda as várias maneiras de vender e comprar sexo na Argentina do século XX. Para atingir esse objetivo, analisamos os depoimentos apresentados em processos judiciais pela aplicação da Lei de Profilaxia Social (1936), que aboliu o sistema de bordéis patenteados, do Departamento Histórico Judicial do Sul da província de Buenos Aires. Partimos de uma abordagem que cruza, na perspectiva histórica, as contribuições de estudos culturais, gênero e sexualidades para identificar as práticas e sentidos com os quais os atores sociais trocavam serviços sexuais. O artigo argumenta que existe uma ligação entre as práticas das mulheres e seus ambientes, a herança da cultura do sistema regulatório e a dinâmica social regional. Finalmente, contribui para um campo pouco estudado, concentrando-se nos espaços periurbanos ou rurais após a abolição da prostituição regulamentada.