Resumo O objetivo deste estudo foi avaliar a probabilidade de falha de dois tipos de parafusos para pilar protético após a compressão e analisar a distribuição da tensão com o método dos elementos finitos. Sessenta (60) restaurações unitárias foram montadas em implantes de titânio (e-fix, A.S. Technology - Titanium Fix). Os grupos foram divididos em parafusos convencionais (parafuso de pescoço 1,5 ø mm) e parafuso experimental (parafuso de pescoço estreitado com 1,2 ø mm). As amostras foram sujeitas ao teste de compressão de acordo com ISO 14801. Os espécimes fraturados foram submetidos a estereomicroscopia para a mensuração dos parafusos restantes dentro do implante e caracterização da origem da fratura. Os espécimes representativos foram analisados por microscopia eletrônica de varredura. Para o método de elementos finitos (FEM), utilizou-se um modelo 3D idêntico dos dois grupos de teste in vitro com condições semelhantes (30º, 100 N). A tensão no parafuso do pilar foi analisada pelo critério de von-Mises. Os resultados de resistência a compressão foram 4132,5 ± 76 MPa e 4528,2 ± 127,2 para grupos convencionais e experimentais, respectivamente. Durante a microscopia, a média do remanescente do parafuso restante dentro dos implantes foi de 0,97 ± 0,23 e 1,32 ± 0,12 mm para os grupos convencionais e experimentais, respectivamente. Em FEM, o grupo convencional mostrou tensão concentrada em uma região desfavorável (pico de 39,23 MPa), enquanto o grupo experimental apresentou mais áreas de tensão, porém menor concentração do que o grupo convencional (36,6 MPa). Ao usar a geometria experimental testada, o parafuso do pilar pode ter sua resistência melhorada e a origem da falha pode ser mais favorável à resolução clínica.
Abstract The aim of this study was to evaluate the failure probability of two types of abutment screws after compressive load and to analyze the stress distribution with finite element method. Sixty (60) single-tooth implant restorations were assembled on titanium implants (e-fix, A.S. Technology - Titanium Fix). The groups were divided into Conventional screw (Screw neck 1.5 ø mm) and Experimental screw (Screw neck constricted with 1.2 ø mm). Specimens were subjected to single load to failure with compressive test according ISO 14801. The fractured specimens were subjected to stereomicroscopy for measurement of remaining screws inside the implant and characterization of fracture origin. Representative specimens were analyzed by scanning electronic microscopy. For finite element method (FEM), an identical 3D model of the two in vitro test groups were used with similar conditions (30º, 100 N load). The stress in the abutment screw was analyzed by von-Mises criteria. The results of strength means were 4132.5 ± 76 MPa and 4528.2 ± 127.2 for conventional and experimental groups, respectively. During microscopy, the mean (mm) of the remaining screw piece inside the implants were 0.97 ± 0.23 and 1.32 ± 0.12 for conventional and experimental groups, respectively. In FEM, the conventional group showed stress concentered in an unfavorable region (peak of 39.23 MPa), while the experimental group showed more stress areas but less concentration than the conventional group (36.6 MPa). In using the tested experimental geometry, the abutment screw can have its strength improved, and the origin of failure can be more favorable to clinical resolution.