Resumen Este artículo analiza las experiencias narradas en videos de YouTube por jóvenes latinoamericanas sobre el uso de implantes subdérmicos. Los implantes son métodos anticonceptivos de larga duración (MACLD) que los organismos y las asociaciones internacionales han recomendado especialmente para las adolescentes de los países del "Tercer Mundo". Al tratarse de un dispositivo que debe ser colocado y extraído por un profesional de la salud, suele interpretarse como un método efectivo porque no depende de la adherencia de las usuarias. Al mismo tiempo, se trata de un MACLD que no requiere controles periódicos ni la visita mensual o trimestral al centro de salud, como los métodos inyectables. En este trabajo, nos interesa problematizar a los implantes como artefactos tecnológicos abiertos a múltiples significados. Focalizaremos el estudio en los relatos de las jóvenes respecto de los motivos por los cuales eligen usarlo, cómo experimentan sus efectos somáticos y qué sentidos le atribuyen. Problematizaremos cómo estas narrativas traman sus experiencias con los relatos de la industria farmacéutica, pero también cómo contribuyen o no a la adherencia al método a través de sus asociaciones con las elecciones autónomas y con cierta aceptación o no, de los efectos secundarios.
Abstract This article analyses the experiences narrated by young Latin-American women on the use of subdermal implants, in their YouTube videos. These implants are long-term contraceptive methods (LTCM) that international agencies and associations have recommended especially for young women in Third World countries. As it is a device that must be placed and removed by a health professional, it is usually interpreted as an effective method because it does not depend on the adherence of the users. At the same time, it is a LTCM that does not require periodic controls or monthly or quarterly visits to the health center, such as with injectables. In this work, we are interested in problematizing implants as technological artifacts open to multiple meanings. We will focus on the stories of the young women regarding the reasons why they choose to use it, how they experience its somatic effects and what senses they attribute to it. We will problematize how these storytimes plot their experiences with the stories of the pharmaceutical industry, but also how they contribute, or not, to adherence to the method through their associations with autonomous choices and with a certain acceptance, or not, of secondary effects.
Resumo Este artigo analisa as experiências narradas por jovens latino-americanas sobre o uso de implantes subdérmicos nos vídeos do YouTube. Os implantes são métodos contraceptivos de longo prazo (MCLP) recomendados por agências e associações internacionais, especialmente para mulheres jovens nos países do Terceiro Mundo. Por ser um dispositivo que deve ser colocado e removido por um profissional da saúde, geralmente é interpretado como um método eficaz, pois não depende da adesão das usuárias. Ao mesmo tempo, é um MCLP que não requer controles periódicos ou visitas mensais ou trimestrais ao centro de saúde, como com os injetáveis. Neste trabalho, estamos interessados em problematizar implantes como artefatos tecnológicos abertos a múltiplos significados. Vamos nos concentrar nas histórias das jovens sobre as razões pelas quais elas optam por usá-lo, como experimentam seus efeitos somáticos e que sentidos lhe atribuem. Problematizaremos como essas narrativas traçam suas experiências com as histórias da indústria farmacêutica, mas também como contribuem, ou não, para a adesão ao método por meio de suas associações com escolhas autônomas e com certa aceitação, ou não, de efeitos secundários.