RESUMO Partindo de um amplo entendimento da sombra como conceito espacial, o presente ensaio propõe uma revisão bibliográfica sobre as representações de sombra na história da pintura ocidental tradicional, tanto em suas dimensões técnicas quanto simbólicas. Por meio de imagens pontuais, o texto comenta este tema, limitando-se a um recorte temporal, desde os mitos fundadores da pintura na Idade Antiga até o século XVI. O embate teórico confronta uma ideia preestabelecida de que as representações de sombra anteriores ao Cinquecento ocorreram apenas de maneira intuitiva. Com isso, busca-se demonstrar que, apesar das limitações técnicas da pintura medieval, as sombras já eram utilizadas como elementos articuladores de significado ao oferecer testemunho e representação de alguma corporeidade.
ABSTRACT Starting from a broad understanding of the shadow as a spatial concept, this essay proposes a bibliographic review on the representations of shadow in the history of traditional Western painting, both in its technical and symbolic dimensions. Through specific images, the text comments on this theme, limiting itself to a time frame, since the founding myths of painting in the Ancient Age until the 16th century. The theoretical clash confronts a pre-established idea that the shadow representations prior to the Cinquecento happened only in an intuitive way. Thereby, it seeks to demonstrate, despite the technical limitations of medieval painting, that shadows were already used as articulating elements of meaning when offering testimony and representation of some corporeality.
RESUMEN A partir de una comprensión amplia de la sombra como concepto espacial, este ensayo propone una revisión bibliográfica sobre las representaciones de la sombra en la historia de la pintura tradicional occidental, tanto en su dimensión técnica como simbólica. A través de imágenes específicas, el texto comenta la temática, limitándose a un marco temporal, desde los mitos fundacionales de la pintura en la Edad Antigua hasta el siglo XVI. El choque teórico confronta una idea preestablecida de que las representaciones de sombras anteriores al Cinquecento ocurrían sólo de manera intuitiva. Con ello buscamos demostrar que, a pesar de las limitaciones técnicas de la pintura medieval, las sombras ya eran utilizadas como elementos articuladores de significado al ofrecer testimonio y representación de alguna corporalidad.