INTRODUÇÃO: A publicação de estudos controlados e metanálises que evidenciaram a segurança, a efetividade e a equivalência oncológica da abordagem laparoscópica com relação aos procedimentos abertos, fez com que a cirurgia colorretal minimamente invasiva fosse adotada por um número crescente de serviços em todo o mundo. O objetivo desse estudo foi avaliar se há diferenças na qualidade de vida dos pacientes no período pós-operatório inicial de cirurgias colorretais laparoscópicas e convencionais. PACIENTES E MÉTODO: Trata-se de um estudo prospectivo observacional sobre qualidade de vida, envolvendo pacientes submetidos à cirurgia colorretal laparoscópica e convencional. No período de maio a novembro de 2008, 42 pacientes submetidos à cirurgia colorretal foram acompanhados desde a cirurgia até o 60º DPO. Os questionários foram aplicados no 3º, 7º e 30º dias de pós-operatório e as respostas obtidas constituíram o banco de dados a ser analisado. A análise estatística consistiu em análise descritiva do escore do estado global de saúde, dos escores funcionais e de sintomas do questionário EORTC/QLQ 30, tendo sido utilizado os testes de Shapiro-Wilk, Mann-Whitney e t de Student. O nível de significância (a) considerado foi de 0,05. RESULTADOS: Houve predominância de pacientes do sexo feminino (57,1%), com uma média de idade de 61,5 anos. Foi detectada diferença significativa do escore "estado global de saúde" no 30º dia de pós-operatório, com valores de 75,0 e 58,3 para as cirurgias laparoscópicas e abertas, respectivamente (p = 0,005). Com relação à função física, assim como na análise das demais funções (desempenho, emocional, cognitiva e social), sintomas (fadiga, náusea, dor, dispnéia, insônia, apetite, constipação) e dificuldades financeiras, não foram observadas diferenças significativas. CONCLUSÃO: Os resultados demonstraram que os pacientes submetidos à cirurgia colorretal por via laparoscópica apresentaram melhor qualidade de vida ao final do primeiro mês de pós-operatório, quando comparados com os pacientes submetidos à cirurgia aberta.
INTRODUCTION: Several studies, including meta-analysis, have demonstrated the safety, effectiveness and oncologic equivalence of laparoscopic resections when compared to open procedures leading minimally invasive colorectal surgery to be adopted in crescent number of services around the world. This study aims to evaluate the quality of life of patients underwent laparoscopic and open colorectal resections in the early postoperative period. METHODS: this is a prospective study which evaluated 42 patients underwent laparoscopic and open colorectal resection between May to November 2008 followed up until 60th postoperative day. Questionnaires of quality of life were applied in 3th, 7th and 30th postoperative days. Statistical analysis consisted of descriptive analysis of global healthy status scores, functional scores and symptoms of EORTC/QLQ 30. Shapiro-Wilk, Mann-Whitney e t de Student statistical tests were used to check the data, with level of significance in 0.05. RESULTS: Most of patients were females (57.1%) with mean age of 61.5 years. It was observed significant difference of "global health status" score on the 30th postoperative between groups, with values of 75.0 and 58.3 for patients underwent laparoscopic and open procedures respectively (p = 0.005). There were no differences in terms of physical function and others as, accomplishment, emotional, cognitive and social functions. In relation to symptoms (fatigue, nausea, pain, dyspnea, insomnia, loss of appetite and constipation) and financial difficulties, there were also no differences between groups. CONCLUSION: Our results have demonstrated that patients underwent laparoscopic colorectal resections have better quality of life at the end of first postoperative month when compared to patients underwent to open colorectal resections.