INTRODUÇÃO: o exercício físico tem sido recomendado, como estratégia terapêutica não farmacológica, no tratamento de importantes fatores de risco cardiovascular.OBJETIVO: analisar o impacto de um programa de exercício físico, adaptado à realidade das Unidades de Saúde da Família (USF), sobre a composição corporal, fatores de risco cardiovasculares e Escore de Framingham de mulheres obesas na pós-menopausa.MÉTODOS: 70 mulheres entre 50 e 79 anos, sedentárias, obesas e sem menstruar por no mínimo doze meses, foram distribuídas aleatoriamente em um grupo treinado (GT) (n=35) e um não treinado (GnT) (n=35). O GT participou de vinte semanas de um programa de exercícios físicos com três sessões semanais, constituído por atividades de monitoramento e aquecimento (10 min); 25 min de exercício de flexibilidade e força; 50 min de caminhada com intensidade entre 50 a 65% do VO2max; e 5 min de relaxamento. O GnT foi orientado a manter suas atividades normais.RESULTADOS: o GT apresentou reduções significativas do índice de massa corporal (30,1+3,7 vs. 29,3+3,7; p=0,0001), circunferência de cintura (93,3+10,3 vs. 89,1+10,4; p=0,0001), percentual de gordura (54,2+2,9 vs.53,2+3,3; p=0,0001), pressão arterial sistólica (128,0+14,6 vs. 119,2+10,3; p=0,0001), triglicerídeos (148,4+66,1 vs. 122,8+40,7; p=0,006), VLDL colesterol (29,7+13,2 vs. 24,5+8,0; p=0,005) e Escore de Framingham (13,08+4,0 vs. 11,77+4,1; p=0,010). No grupo não treinado foram observados aumentos significativos do percentual de gordura (55,0+4,0 vs. 57,0+3,8; p=0,0001), pressão arterial sistólica (128,6+10,5 vs. 133,7+12,0; p=0,001), glicemia de jejum (95,2+18,4 vs. 113,7+28,8; p=0,001) e Escore de Framingham (12,82+3,2 vs. 13,91+4,0; p=0,043), como também reduções do HDL colesterol (55,1+10,5 vs. 51,7+11,0; p=0,017).CONCLUSÃO: o programa de exercício físico adaptado às condições de USF foi efetivo na redução dos fatores de risco cardiovascular de mulheres obesas na pós-menopausa atendidas pelo programa SUS.
INTRODUCTION: physical exercise has been recommended as a non-pharmacological, therapeutic strategy in the treatment of important cardiovascular risk factors.OBJECTIVE: to analyze the impact of an exercise program, tailored to the reality of the Family Health Units (FHU), on body composition, cardiovascular risk factors and Framingham score in obese postmenopausal.METHODS: 70 women between 50 and 79 years, sedentary, obese and without menstruating for at least twelve months, were randomly assigned to a trained group (TG) (n = 35) and an untrained (GnT) (n = 35). The GT took 20 weeks of a physical exercise program with three weekly sessions, consisting of monitoring activities and heating (10 minutes), 25 minutes of exercise flexibility and strength, 50 minute walk with intensity between 50-65% of VO2max and 5-minute cool-down. The GnT was instructed to maintain their normal activities.RESULTS: TG showed significant reductions in body mass index (30,1+3,7 vs. 29,3+3,7; p=0,0001), waist circumference (93,3+10,3 vs. 89,1+10,4; p=0,0001), percentage of fat (54,2+2,9 vs. 53,2+3,3; p=0,0001), systolic blood pressure (128,0+14,6 vs. 119,2+10,3; p=0,0001), triglycerides (148,4+66,1 vs. 122,8+40,7; p=0,006), VLDL cholesterol (29,7+13,2 vs. 24,5+8,0; p=0,005) and Framingham score (13,08+4,0 vs. 11,77+4,1; p=0,010). In the untrained group were observed significant increases in the percentage of fat (55,0+4,0 vs. 57,0+3,8; p=0,0001), systolic blood pressure (128,6+10,5 vs. 133,7+12,0; p=0,001), fasting glucose (95,2+18,4 vs. 113,7+28,8; p=0,001) and Framingham score (12,82+3,2 vs. 13,91+4,0; p=0,043), but also decreases levels of HDL cholesterol (55,1+10,5 vs. 51,7+11,0; p=0,017).CONCLUSION: the exercise program, adapted to the conditions of FHU, was effective in reducing cardiovascular risk factors in obese postmenopausal women served by the SUS program.
INTRODUCCIÓN: El ejercicio físico ha sido recomendado como estrategia terapéutica no farmacológica, en el tratamiento de importantes factores de riesgo cardiovascular.OBJETIVO: analizar el impacto de un programa de ejercicio físico adaptado a la realidad de Unidades de Salud de la Familia (USF) sobre la composición corporal, factores de riesgo cardiovasculares y valor de Framingham de mujeres obesas en la post menopausia.MÉTODOS: setenta mujeres entre 50 y 79 años, sedentarias, obesas y sin menstruar por como mínimo doce meses fueron distribuidas aleatoriamente en grupo entrenado (GT) (n=35) y no entrenado (GnT) (n=35). El GT participó de veinte semanas de un programa de ejercicios físicos con tres sesiones semanales, constituido por actividades de monitoreo y calentamiento (10 minutos); 25 minutos de ejercicio de flexibilidad y fuerza; 50 minutos de caminata con intensidad entre 50 a 65% del VO2max; y 5 minutos de vuelta a la calma. El GnT fue orientado a mantener sus actividades normales.RESULTADOS: el GT presentó reducciones significativas del índice de masa corporal (30,1+3,7 vs. 29,3+3,7; p=0,0001), circunferencia de cintura (93,3+10,3 vs. 89,1+10,4; p=0,0001), porcentual de grasa (54,2+2,9 vs. 53,2+3,3; p=0,0001), presión arterial sistólica (128,0+14,6 vs. 119,2+10,3; p=0,0001), triglicéridos (148,4+66,1 vs. 122,8+40,7; p=0,006), VLDL colesterol (29,7+13,2 vs. 24,5+8,0; p=0,005) y Valor de Framingham (13,08+4,0 vs. 11,77+4,1; p=0,010). En el grupo no entrenado se observaron aumentos significativos del porcentual de grasa (55,0+4,0 vs. 57,0+3,8; p=0,0001), presión arterial sistólica (128,6+10,5 vs. 133,7+12,0; p=0,001), glicemia de ayuno (95,2+18,4 vs. 113,7+28,8; p=0,001) y Valor de Framingham (12,82+3,2 vs. 13,91+4,0; p=0,043), como también reducciones del HDL colesterol (55,1+10,5 vs. 51,7+11,0; p=0,017).CONCLUSIÓN: el programa de ejercicio físico adaptado a las condiciones de USF fue efectivo en la reducción de los factores de riesgo cardiovascular de mujeres obesas en la post menopausia atendidas por el programa SUS.