Os objetivos foram analisar a sobrevivência após um ano e os fatores associados para doentes com fratura do fêmur proximal (baixo impacto). Foi constituída uma coorte com todos os doentes hospitalizados no serviço de ortopedia do segundo maior hospital de Portugal (maio de 2008 a abril de 2009). A sobrevivência foi avaliada aos 3, 6, 9 e 12 meses após a fratura e relacionada com fatores demográficos, estilo de vida, história clínica e fatores médicos (tipo de fratura, data da cirurgia, tratamento e risco pré-operatório). Dos 340 doentes hospitalizados, 252 (78,9% mulheres) foram incluídos. Mortalidade aos 3, 6, 9 e 12 meses de seguimento foi 21,2%, 25%, 28,8%, 34,6% para homens e 7,8%, 13,5%, 19,2%, 21,4% para mulheres. Os fatores associados com a mortalidade foram: sexo masculino (HR = 2,54; IC95%: 1,40-4,58), escore da American Society of Anesthesiologists mais elevado, III/IV vs. I/II (HR = 1,95; IC95%: 1,10-3,47), idade (HR = 1,06; IC95%: 1,03-1,10) e dias de atraso na cirurgia (HR = 1,07; IC95%: 1,03-1,12). Fatores associados com a mortalidade estão na maioria relacionados com as características do doente na admissão.
The objectives were to analyze one-year survival and mortality predictors in patients with fracture of the proximal femur (low/moderate trauma). A prospective cohort was formed by inviting all patients hospitalized in the Orthopedic Ward of the second largest hospital in Portugal (May 2008-April 2009). Survival was assessed at 3, 6, 9, and 12 months after fracture and related to demographic factors, lifestyle, and clinical history, as well as to data from medical records (fracture type, surgery date, surgical treatment, and preoperative risk). Of the 340 patients hospitalized, 252 were included (78.9% women). Mortality at 3, 6, 9, and 12 months was 21.2%, 25%, 28.8%, and 34.6% for men and 7.8%, 13.5%, 19.2%, and 21.4% for women, respectively. Predictors of death were male gender (HR = 2.54; 95%CI: 1.40-4.58), ASA score III/IV vs. I/II (HR = 1.95; 95%CI: 1.10-3.47), age (HR = 1.06; 95%CI: 1.03-1.10), and delay in days to surgery (HR = 1.07; 95%CI: 1.03-1.12). Factors related to death were mainly related to patients’ characteristics at admission.
Los objetivos del estudio fueron analizar la supervivencia tras un año y los factores asociados para enfermos con fractura de la cadera (bajo impacto). Fue constituida una cohorte con todos los enfermos hospitalizados en el servicio de ortopedia del segundo mayor hospital de Portugal (mayo/2008 – abril/2009). La supervivencia fue evaluada a los 3, 6, 9 y 12 meses tras la fractura y relacionada con factores demográficos, estilo de vida, historia clínica y factores médicos (tipo de fractura, fecha de la cirugía, tratamiento y riesgo preoperatorio). De los 340 enfermos hospitalizados, 252 (78,9% mujeres) fueron incluidos. La mortalidad a los 3, 6, 8 y 12 meses de seguimiento fue de un 21,2%, 20%, 28,8%, 34,6% en hombres y un 7,8%, 13,5%, 19,2%, 21,4% en mujeres. Los factores asociados con la mortalidad fueron: sexo masculino (HR = 2,54; IC95%: 1,40-4,58), ASA puntuación más elevada, III/IV vs. I/II (HR = 1,95; IC95%: 1,10-3,47), edad (HR = 1,06; IC95%: 1,03-1,10) y días de retraso en la cirugía (HR = 1,07; IC95%: 1,03-1,12). Los factores están en su mayoría relacionados con las características del enfermo en la admisión.