Resumo Este estudo teve como objetivo propor um modelo explicativo de não adesão ao paradigma psicossocial da saúde mental a partir dos estereótipos, das crenças sobre a etiologia da doença mental, da percepção de ameaça e do preconceito. Para tanto, contou-se com a participação de 400 universitários, com média de idade de 24,64 anos (DP = 6, 64), sendo a maioria do sexo feminino (75,6%). Para a proposição do modelo, foi realizada uma path analysis. O modelo proposto demonstrou que quanto maior a percepção de ameaça e a concordância com o estereótipo de incapacidade, menor o apoio ao paradigma psicossocial. Ademais, verificou-se que as crenças acerca da etiologia da doença mental e os estereótipos estão na base da percepção de ameaça e todas essas variáveis juntas predizem maior preconceito. Os achados desta pesquisa fornecem subsídios científicos para a realização de intervenções eficazes e consistentes que fortaleçam o paradigma psicossocial no cenário nacional.
Abstract This study aimed to propose an explanatory model of non-adherence to the psychosocial paradigm of mental health based on stereotypes, beliefs about the etiology of mental illness, perception of threat, and prejudice. Participants included a total of 400 university students, with a mean age of 24.64 years (SD = 6, 64), mostly women (75.6%). A path analysis was performed to propose the model, which showed that the greater the perception of threat and the agreement with the disability stereotype, the lower the support for the psychosocial paradigm. Furthermore, it was found that beliefs about the etiology of mental illness and stereotypes are at the basis of the perception of threat and all these variables together predict greater prejudice. The findings of this research provide scientific support for effective and consistent interventions that strengthen the psychosocial paradigm on the national scene.
Resumen Este estudio tuvo como objetivo proponer un modelo explicativo de la no adherencia al paradigma psicosocial de la salud mental basado en estereotipos, creencias sobre la etiología de la enfermedad mental, percepción de amenaza y prejuicio. Para ello participaron 400 estudiantes universitarios, con una edad media de 24,64 años (DS = 6,64), siendo la mayoría mujeres (75,6 %). Para la proposición del modelo, se realizó un path análisis. El modelo sugerido demostró que, a mayor percepción de amenaza y concordancia con el estereotipo de discapacidad, menor apoyo al paradigma psicosocial. Además, se encontró que las creencias sobre la etiología de la enfermedad mental y los estereotipos están en la base de la percepción de amenaza y todas estas variables en conjunto predicen un mayor prejuicio. Los hallazgos de esta investigación brindan soporte científico para ejecutar intervenciones efectivas y consistentes que fortalezcan el paradigma psicosocial en el escenario nacional.