Resumo O contexto da pandemia da Covid-19 está relacionado à interação dos seres humanos com a natureza, na medida em que invadimos e destruímos nichos ecológicos importantes, criando modelos de produção animal e de trocas comerciais não sustentáveis. Lavar as mãos é uma das ações mais eficazes de prevenção à Covid-19. Mas como seguir este procedimento onde a água não é garantida com a frequência necessária? Outro aspecto importante da vigilância é a exposição crônica à contaminação do ar, favorecendo as altas taxas de mortalidade pela Covid-19. As populações do campo, da floresta e das águas são também um dos grupos mais vulneráveis e, ao mesmo tempo, possuem modos de vida determinantes para a sustentabilidade socioambiental do planeta. Gabinetes de crise, comitês populares, articulações solidárias, plataformas, observatórios acadêmico-populares, barreiras sanitárias populares, portais na internet de monitoramento participativo são algumas das formas que, espontaneamente, têm surgido nas favelas e nos territórios de povos tradicionais para dar conta de enfrentar a Covid-19, dada a ausência de políticas efetivas, principalmente no âmbito federal. Temos que criar métodos, estratégias e iniciativas que possibilitem que a vigilância sobre a saúde e o ambiente possa contribuir para resolver problemas e necessidades de forma horizontal, participativa, democrática e cientificamente qualificada.
Abstract The COVID-19 pandemic context is related to the interaction of human beings with the environment, as we invade and destroy important ecological niches, creating unsustainable models of animal production and trade. Washing your hands is one of the most effective actions to prevent COVID-19. But how to follow this procedure where water is not guaranteed as often as necessary? Another important aspect of surveillance is chronic exposure to air contamination, favoring high mortality rates from COVID-19. The populations of the countryside, the forest and the waters are also one of the most vulnerable groups and, at the same time, have ways of life that are decisive for the socio-environmental sustainability of the planet. Crisis offices, popular committees, solidarity articulations, platforms, academic-popular observatories, popular health barriers, internet portals for participatory monitoring are some of the ways that, spontaneously, have emerged in the favelas and in the territories of traditional peoples to cope with facing COVID-19, given the absence of effective policies, mainly at the federal level. We have to create methods, strategies and initiatives that enable health and environmental surveillance to contribute to solving problems and needs in a horizontal, participatory, democratic and scientifically qualified way.
Resumen El contexto de la pandemia del COVID-19 está relacionado a la interacción de los seres humanos con la naturaleza, en la medida en que invadimos y destruimos nichos ecológicos importantes, creando modelos de producción animal y de intercambio comercial que no son sustentables. Lavarse las manos es una de las acciones más eficaces de prevención al COVID-19. Pero, ¿cómo seguir este procedimiento donde el agua no está garantizada con la frecuencia debida? Otro aspecto importante de la vigilancia es la exposición crónica a la contaminación del aire, que favorece a las altas tasas de mortalidad por COVID-19. Los pobladores del campo, de los bosques y de las orillas de las aguas también son de los grupos más vulnerables y, al mismo tiempo, tienen modos de vida determinantes para la sustentabilidad socioambiental del planeta. Gabinetes de crisis, comités populares, articulaciones solidarias, plataformas, observatorios académico populares, barreras sanitarias populares, portales en la internet de monitoramiento participativo son algunas de las formas que, espontáneamente, han surgido en las favelas y en los territorios de los pueblos tradicionales para intentar enfrentar al COVID-19, dada la ausencia de políticas efectivas, principalmente en el ámbito federal. Tenemos que crear métodos, estrategias e iniciativas que posibiliten que la vigilancia sobre la salud y el ambiente pueda contribuir para resolver problemas y necesidades de forma horizontal, participativa, democrática y científicamente calificada.