Resumo: O objetivo deste artigo é demonstrar como a teoria da mente estendida, particularmente os argumentos de Andy Clark, pode explicar os processos mentais não como fenômenos restritivos ao cérebro e endossar sua conexão com o corpo e o ambiente. Dessa forma, inicialmente, reconstroem-se as principais perspectivas materialistas que limitaram o self ao crânio; em seguida, aponta-se como o caráter estendido da mente escapa aos seus limites naturais e se mistura “descaradamente” ao mundo. Argumenta-se que artefatos externos desempenham um papel importante na orientação de ações, de modo que mudanças no ambiente podem causar mudanças no comportamento do agente cognitivo, configurando uma dependência constitutiva. Desse modo, a tese da mente estendida desafia tanto o funcionalismo tradicional quanto o externalismo, pois, por um lado, considera os processos cognitivos e os estados mentais como interações relevantes do indivíduo com o ambiente e, por outro, como comportamentos orientados pela intenção. Por meio da integração dos corpos biológicos com artefatos ou ferramentas, sustenta-se uma leitura que dissolve a clássica “lacuna explicativa” das ciências cognitivas. Resumo Clark forma inicialmente reconstroemse reconstroem crânio seguida apontase aponta descaradamente “descaradamente mundo Argumentase Argumenta ações cognitivo constitutiva externalismo pois lado outro intenção ferramentas sustentase sustenta lacuna explicativa cognitivas
Abstract: In this article, we intend to show how the theory of the extended mind, particularly Andy Clark’s arguments, can explain mental processes not as restrictive phenomena to the brain and endorse their connection to the body and the environment. Therefore, initially, we reconstruct the main materialist perspectives that have enclosed the self to the cranium; then, we indicate how the extended character of the mind escapes its natural limits and blends “shamelessly” into the world. We argue that external artifacts play an important role in guiding our actions, so that changes in the environment can cause changes in the behavior of the cognitive agent, what constitutes a constitutive dependence. In this way, the extended mind thesis challenges both traditional functionalism and externalism as it considers cognitive processes, on the one hand, to be relevant interactions of the individual with the environment and, on the other, intention-driven behaviors. Through the integration of biological bodies with artifacts or tools, we support a reading that dissolves the classic “explanatory gap” of cognitive sciences. Abstract article Clarks Clark s arguments Therefore initially cranium then shamelessly “shamelessly world actions agent dependence way hand other intentiondriven intention driven behaviors tools explanatory gap sciences