OBJETIVO: Avaliar a influência das posições prona e supina em recém-nascidos prematuros pós-síndrome do desconforto respiratório, respirando espontaneamente e em estado de sono ativo, sobre variáveis de padrão respiratório, movimento toracoabdominal e saturação periférica da hemoglobina pelo oxigênio. MÉTODOS: Estudo quase experimental. Doze prematuros com peso > 1.000 g no momento do estudo foram estudados nas duas posições, em ordem randomizada. A pletismografia respiratória por indutância foi utilizada para avaliação do padrão respiratório (volume corrente, frequência respiratória, ventilação minuto, fluxo inspiratório médio) e do movimento toracoabdominal (índice de trabalho respiratório, relação de fase inspiratória, relação de fase expiratória, relação de fase respiratória total e ângulo de fase). A oximetria de pulso registrou a saturação periférica de oxigênio. Para a análise estatística foram realizados os testes t de Student para amostras pareadas ou Wilcoxon. Foi considerado significativo p < 0,05. RESULTADOS: Foram analisados 9.167 ciclos respiratórios. Na posição prona, houve redução significativa do índice de trabalho respiratório (-0,84±0,69; p = 0,001; IC95% -1,29 a -0,40), das relações de fase inspiratória (-27,36±17,55; p = 0,000; IC95% -38,51 a -16,20), expiratória (-32,36±16,20; p = 0,000; IC95% -42,65 a -22,06) e total (-30,20±14,76; p = 0,000; IC95% -39,59 a -20,82). Não houve diferença significativa entre as posições nas demais variáveis analisadas. CONCLUSÃO: A posição prona promoveu diminuição significativa da assincronia toracoabdominal, sem influenciar o padrão respiratório e a saturação periférica de oxigênio.
OBJECTIVE: To assess the effect of prone and supine positions on breathing pattern variables, thoracoabdominal motion and peripheral oxygen saturation of hemoglobin of premature newborn infants recovering from respiratory distress syndrome, while breathing spontaneously and in rapid eye movement sleep. METHODS: This was a quasi-experimental study. Twelve preterms weighing > 1,000 g at enrollment were studied in both positions, in random order. Respiratory inductive plethysmography was used to analyze breathing pattern (tidal volume, respiratory rate, minute ventilation, mean inspiratory flow) and thoracoabdominal motion (labored breathing index, phase relation in inspiration, phase relation in expiration, phase relation in total breath and phase angle). Pulse oximetry was used to evaluate peripheral oxygen saturation. Student's t test for paired samples or the Wilcoxon test were used for statistical analysis. Significance was set at p < 0.05. RESULTS: A total of 9,167 respiratory cycles were analyzed. The prone position was associated with significant reductions in labored breathing index (-0.84±0.69; p = 0.001; 95%CI -1.29 to -0.40), phase relation in inspiration (-27.36±17.55; p = 0.000; 95%CI -38.51 to -16.20), phase relation in expiration (-32.36±16.20; p = 0.000; 95%CI -42.65 to -22.06) and phase relation in total breath (-30.20±14.76; p = 0.000; 95%CI -39.59 to -20.82). There were no significant differences between the two positions in any of the other variables analyzed. CONCLUSION: The prone position resulted in a significant reduction in thoracoabdominal asynchrony, without affecting breathing pattern or peripheral oxygen saturation.