O objetivo do artigo é analisar dois aspectos da atenção à saúde na Espanha rural durante o segundo período da ditadura de Franco (1959-1975). Em primeiro lugar, analisamos a introdução do Regime Especial de Previdência Social Agrária (1966), que proporcionou assistência médica aos trabalhadores rurais. Até então, eram excluídos do Seguro Obrigatório de Saúde (1944), destinado aos operários da indústria e demais trabalhadores com baixos salários. Em segundo lugar, analisamos a oposição dos médicos rurais à extensão da cobertura de saúde aos trabalhadores agrícolas. Para alcançar ambos os objetivos, analisamos as limitações da prática médica no meio rural e como a ditadura tentou resolver esses problemas, sem sucesso. As fontes utilizadas são: disposições legislativas, publicações de associações profissionais oficiais, imprensa dedicada a discutir problemas da prática médica, relatórios sociológicos e documentação arquivística.
The objective of the article is to analyze two aspects of healthcare in rural Spain during the second period of the Franco dictatorship (1959–1975). Firstly, we analyze the introduction of the Special Agrarian Social Security Regime (1966), which provided healthcare to rural workers. Until then, rural workers had been excluded from the Compulsory Health Insurance (1944), which provided healthcare to industrial and other low-income workers. Secondly, we analyze the position of rural doctors against the extension of health coverage to rural workers. To achieve both objectives, we analyze the limitations of medical practice in the rural milieu and how Franco’s dictatorship unsuccessfully managed these limitations. We have used several sources: legal regulations, publications of official professional associations, press devoted to medical practice, sociological reports, and archival records.
El objetivo del artículo es analizar dos aspectos de la asistencia sanitaria en el medio rural español durante el segundo periodo de la dictadura franquista (1959-1975). Primero analizamos la implantación del Régimen Especial Agrario de la Seguridad Social (1966), que proporcionó asistencia sanitaria a los trabajadores del campo. Hasta entonces, habían sido excluidos del Seguro Obligatorio de Enfermedad (1944), destinado a obreros industriales y otros asalariados con bajos ingresos. En segundo lugar, analizamos la oposición de los médicos rurales a la ampliación de la cobertura sanitaria a los trabajadores agrícolas. Para lograr ambos objetivos analizamos las limitaciones del ejercicio médico en el ámbito rural y cómo la Dictadura intentó solucionar infructuosamente estos problemas. Las fuentes empleadas han sido: disposiciones legislativas, publicaciones de los colegios profesionales oficiales, prensa dedicada a discutir problemas del ejercicio médico, informes sociológicos y documentación de archivo.