Abstract This article analyses the ways in which Central American migrants travelling through Mexico to reach the United States make oral maps to orient themselves during their journeys. These migrants, often fleeing poverty and violence, travel through Mexico in very irregular ways, such as on cargo trains or on-foot, and find themselves in a state of high vulnerability. Many of these travelers do not have access to printed or digital maps and as a result must rely on oral maps that the migrants create through their multiple attempts to cross the northern border into the United States. These oral maps narrate their journeys and in particular help to navigate specific parts of their journeys to the northern border. However, these maps do not estimate how long specific legs of the trip will take and thus the migrants experience a dislocated sense of temporality during their travels.
Resumo Neste artigo se analisam as formas em que os migrantes centro-americanos que cruzam o México para chegar aos Estados Unidos elaboram mapas orais para se guiar durante seus deslocamentos. Estes migrantes fogem da pobreza e da violência, se internam no território mexicano de forma irregular, viajam em trens de mercadoria ou caminham e experimentam contextos de intensa vulnerabilidade. Embora muitos deles não conheçam os mapas impressos ou a forma de lê-los, eles usam os mapas orais que os migrantes criaram através das múltiplas tentativas de alcançar a fronteira norte do país. São mapas que são narrados durante os deslocamentos e servem para cobrir rotas específicas. No entanto, esses mapas não conseguem estimar o tempo que eles demorarão entre os diferentes pontos da jornada, por isso, estas pessoas experimentam uma temporalidade deslocada e quebrada.
Resumen En este artículo se analizan las formas en que los migrantes centroamericanos que atraviesan México para llegar a Estados Unidos elaboran mapas orales para orientarse durante sus desplazamientos. Estos migrantes huyen de la pobreza y la violencia, se internan en territorio mexicano de manera irregular, viajan en trenes de carga o caminan, y experimentan contextos de intensa vulnerabilidad. Si bien muchos de ellos desconocen los mapas impresos o la forma de leerlos, utilizan los mapas orales que los migrantes han creado mediante los múltiples intentos por llegar a la frontera norte del país. Son mapas que se narran durante los desplazamientos y sirven para cubrir trayectos específicos. Sin embargo, esos mapas no logran estimar los tiempos que tardarán entre los distintos puntos del trayecto, por lo que estos sujetos experimentan una temporalidad dislocada y agrietada.