RESUMO Objetivo Determinar o perfil de violência física perpetrada contra integrantes lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTT). Método Estudo descritivo, de abordagem quantitativa, realizado com minorias sexuais nos municípios de Juazeiro do Norte e Crato, Ceará, Brasil. Utilizou-se um formulário estruturado para coleta de dados. O estudo teve aprovação prévia de Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados Um total de 316 integrantes LGBTT, em sua maioria gays, solteiros, pardos e com idade média de 24,3 anos, participaram do estudo. Dentre as violências sofridas ao longo da vida, as físicas ocuparam a segunda colocação (31,3%). Frente a estas, prevaleceram os empurrões (21,8%) e socos (17,4%). O local preferencial para os ataques foi a face (84,4%) e a maioria dos agressores são pessoas desconhecidas (13,6%). Discussão A vitimização LGBTT constitui-se em grave violação aos direitos humanos, com repercussões negativas à saúde. Os resultados apontam para um quadro de homofobia social, semelhante ao observado em todo o território brasileiro mediante relatórios produzidos pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Minorias sexuais são vítimas de agressões cotidianas que resultam em sequelas temporárias e/ou permanentes a exemplo de torções e fraturas. A ameaça de agressão é constante, visto os maiores agressores serem pessoas transeuntes desconhecidas. Conclusão Integrantes LGBTT são vítimas de violência física e suas repercussões negativas. O enfrentamento desta realidade implica em elaboração de estratégias políticas e sociais, de setores governamentais e não governamentais, para o combate e a redução deste tipo de violência dirigida ao grupo.
ABSTRACT Objective To determine the physical violence profile against lesbians, gays, bisexuals, transvestites and transsexuals (LGBTT). Method Descriptive study, with a quantitative approach, carried out with sexual minorities of the municipalities of Juazeiro do Norte and Crato, Ceará, Brazil. A structured form was used to collect data. The study was previously approved by a Research Ethics Committee. Results 316 LGBTT members, mostly gays, single, mestizo and with a mean age of 24.3 years, took part in the study. Among the types of violence suffered throughout life, physical violence ranked second (31.3%); in this category, pushes (21.8%) and hits (17.4%) prevailed. The preferred place for attacks was the face (84.4%), and most of the aggressors are unknown persons (13.6%). Discussion LGBTT victimization is a serious violation of human rights, with negative repercussions on health. The results point to a picture of social homophobia, similar to that observed across the Brazilian territory through reports published by the Secretariat for Human Rights of the Presidency of the Republic. Sexual minorities are victims of routine attacks that result in temporary and/or permanent sequels, such as torsions and fractures. The threat of attack is constant, since the major attackers are unknown bystanders. Conclusion The LGBTT community is victim of physical violence and its negative repercussions. The confrontation of this reality implies the elaboration of political and social strategies, from governmental and non-governmental sectors, in order to counteract and reduce this type of violence directed to this group.
RESUMEN Objetivo Determinar el perfil de violencia física cometida contra integrantes lesbianas, gays, bisexuales, travestis y transexuales (LGBTT). Método Estudio descriptivo, con enfoque cuantitativo, realizado con minorías sexuales en los municipios de Juazeiro do Norte y Crato, Ceará, Brasil. Se utilizó un formulario estructurado para recoger los datos. El estudio tuvo aprobación previa de un Comité de Ética en Investigación. Resultados Un total de 316 integrantes LGBTT, en su mayoría gays, solteros, pardos y con edad promedio de 24,3 años, participaron del estudio. Entre las violencias sufridas a lo largo de la vida, las físicas ocuparon la segunda colocación (31,3%). En la frente de estas, prevalecieron los empujones (21,8%) y golpes (17,4%). El lugar preferente para los ataques fue la cara (84,4%), y la mayoría de los agresores son personas desconocidas (13,6%). Discusión La victimización LGBTT se constituye en una grave violación a los derechos humanos, con repercusiones negativas en la salud. Los resultados apuntan a un cuadro de homofobia social, similar al observado en todo el territorio brasileño mediante informes producidos por la Secretaría de Derechos Humanos de la Presidencia de la República. Minorías sexuales son víctimas de agresiones cotidianas que resultan en secuelas temporales y/o permanentes, por ejemplo, torsiones y fracturas. La amenaza de agresión es constante, ya que los mayores agresores son personas transeúntes desconocidas. Conclusión Integrantes LGBTT son víctimas de violencia física y sus repercusiones negativas. El enfrentamiento de esta realidad implica la elaboración de estrategias políticas y sociales, de sectores gubernamentales y no gubernamentales, con el fin de combatir y reducir este tipo de violencia dirigida al grupo.