Resumen La presente investigación es acerca de la política indigenista de salud en el departamento de Amazonas (Brasil) y tiene como objeto de estudio el Conselho Distrital de Saúde Indígena (Gondisi) en el marco de la Secretaria Especial de Saúde Indígena de Manaus (Sesai). El propósito es analizar cómo la participación indígena ha sido incorporada a las políticas locales de salud desde el papel de los liderazgos indígenas en la construcción de los Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). El objetivo central de la investigación es la participación indígena en la política de salud indigenista de Manaus. Gomo presupuesto principal está que el movimiento indígena ha incorporado estrategias de la sociedad nacional para reclamar derechos referidos a su autodeterminación con logros efectivos en el contexto de las políticas indigenistas. La metodología adoptada abarcó investigación bibliográfica, documental y de campo, con la utilización de la observación y de la entrevista semi-estructurada, realizada entre el 2011 y el 2013. Se realizaron entrevistas con seis líderes indígenas del Condisi luego de la lectura y firma del término de consentimiento libre y esclarecido. La técnica de análisis de contenido permitió inferir conocimientos acerca de los mensajes y de las condiciones en que estos se producen y reproducen, los aspectos velados, no expresados en las declaraciones, pero presentes en las entrelíneas, en las formas de expresarse de los entrevistados. Entre los resultados del análisis de datos, se encontró que la participación en cuanto categoría analítica y, al tiempo, categoría empírica, fue objeto central de la investigación. Así, fue necesario reconstruir el trayecto que la participación recurrió en la historia de la construcción democrática brasileña. Sin embargo, a pesar de los aspectos comunes que están en la participación en las políticas públicas, el trabajo permite concluir que la participación bajo la visión indígena está lejos de las inspiraciones de esta población y de la fundamentación que caracteriza la lucha del movimiento indígena en el país, que es la autodeterminación, es decir, definir la política y ejecutarla de acuerdo con las necesidades y especificidades de los pueblos indígenas. Se concluye que incorporar las reivindicaciones indígenas a las innovaciones y cambios operados en las políticas de salud no ha significado mejoras en la atención y cambios efectivos en el cotidiano de esta población.
Abstract This research project focuses on indigenist health policies in the Amazonas department (Brazil) and its object of study is the Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi), in the framework of the Secretaria Especial de Saúde Indígena de Manaus (Sesai). The objective of the study is to analyze how the participation of indigenous populations has been incorporated into local health policies, through the presence of indigenous leaders in the construction of the Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). The central objective of the research is to examine indigenous participation in the indigenist health policy of Manaus. Its main assumption is that the indigenous movement has adopted the strategies of national society in order to claim rights pertaining to their self-determination, with effective achievements in the context of indigenist policies. The methodology included bibliographic, documentary, and field research, using observation and semi-structured interviews carried out between 2011 and 2013. Six indigenous leaders from Condisi were interviewed after they read and signed the free and informed consent form. The content analysis technique made it possible to make inferences regarding the messages and the conditions in which they are produced and reproduced, the veiled aspects that were not explicit in their statements, but that could be read between the lines and in the way the interviewees expressed themselves. Data analysis results showed that participation, as both an analytical and empirical category, was the central object of the research. This made it necessary to reconstruct the path followed by participation in the history of Brazilian democratic construction. However, despite the common aspects found in the participation in public policies, the research leads us to conclude that according to the indigenous view, said participation is far from the aspirations of that population and from the reasons for the struggle of the indigenous movement in the country, which is self-determination, that is, defining and implementing policies according to the needs and specificities of the indigenous peoples. The conclusion is that including indigenous claims to the innovaions and changes in health policies has not improved healthcare or achieved effective changes in the daily lives of that population.
Resumo A pesquisa trata da política indigenista de saúde no estado do Amazonas e tem. como lócus de estudo, o Conselho Distrital de Saúde Indígena (Gondisi) no âmbito da Secretaria Especial de Saúde Indígena de Manaus (Sesai). O objetivo é analisar como a participação indígena vem sendo incorporada nas políticas locais de saúde a partir do papel das lideranças indígenas na construção da política dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). O objeto central da pesquisa é a participação indígena na política de saúde indigenista de Manaus. Gomo principal pressuposto tem-se que o movimento indígena tem incorporado estratégias da sociedade nacional para reivindicar direitos referidos à sua autodeterminação com conquistas efetivas no contexto das políticas indigenistas. A metodología adotada englobou pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e de campo com a utilização da observação e da entrevista semiestruturada realizada entre os anos de 2011 e 2013. Foram realizadas entrevistas com seis lideranças indígenas do Condisi após a leitura e a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. A técnica de análise de conteúdo permitiu inferir conhecimentos relacionados às mensagens e às condições em que elas são produzidas e reproduzidas, os aspectos velados, não expressos nas falas, mas presentes nas entrelinhas, nas formas de se expressar dos entrevistados. Dentre os resultados da análise de dados, constata-se que a participação enquanto categoria analítica e ao mesmo tempo categoria empírica foi objeto central da pesquisa. Dessa forma, foi necessário refazer o trajeto que a participação trilhou na história da construção democrática brasileira. Todavia, apesar dos aspectos comuns que estão no debate sobre a participação nas políticas públicas, o trabalho permite concluir que a participação sob a lente indígena está aquém das inspirações dessa população e do cerne que vem caracterizando a luta do movimento indígena no país, que é a autodeterminação, ou seja, definir a política e executá-la de acordo com as necessidades e as especificidades dos povos indígenas. Gonclui-se que incorporar as reivindicações indígenas às inovações e às mudanças operadas nas políticas de saúde não tem significado melhorias no atendimento e mudanças efetivas no cotidiano dessa população.