RESUMO Objetivo A avaliação de tecnologias em saúde (ATS) foi adotada pelos países visando melhorar a eficiência alocativa dos próprios sistemas de saúde. O propósito deste estudo foi descrever e analisar o processo decisório de ATS na Região das Américas. Métodos Realizou-se uma revisão da literatura científica para aprofundar o conhecimento sobre a situação da ATS na Região. Em 2014 e 2015, os responsáveis pela ATS nos países das Américas foram identificados e um questionário sobre ATS e o processo decisório foi aplicado”. Resultados Ao todo, foram respondidos 46 questionários provenientes de 30 países. Os participantes apresentavam semelhanças quanto às instituições de trabalho, principais fontes de financiamento e tipos de tecnologias avaliadas. Dos 46 participantes, 23 (50%) trabalhavam no ministério da Saúde do país; 36 (78%) executavam e/ou coordenavam a ATS tomando decisões sobre cobertura e reembolso/precificação e realizando outras atividades relacionadas e 24 (52%) realizavam a ATS de tecnologias emergentes. Embora tenham sido instituídas unidades formais de ATS em alguns países na Região, o vínculo entre o processo de ATS e a tomada de decisão é frágil. A maioria dos países que reconhecidamente instituíram a ATS integra a Rede de Avaliação de Tecnologias em Saúde das Américas (RedETSA). Apesar do progresso na Região, a maior parte dos países na América Central e Caribe ainda está nos estágios iniciais de implementação da ATS para apoiar o processo decisório. Conclusões Muitos países nas Américas se favorecem com o intercâmbio e as oportunidades de capacitação da RedETSA. Porém, a Região ainda precisa superar muitos desafios em termos do debate e formulação de políticas em torno da ATS.
ABSTRACT Objective Health technology assessment (HTA) has been adopted by countries in order to improve allocative efficiency in their health systems. This study aimed to describe and analyze the HTA decision-making process in the Region of the Americas. Methods A literature review was done to better understand the HTA situation in the Region. Also, in 2014 and 2015, individuals responsible for conducting HTA in countries of the Americas were identified and received a questionnaire on HTA and the decision-making process. Results A total of 46 questionnaire responses were obtained, from 30 countries. The respondents were similar in terms of their institutions, main funding sources, and technology types assessed. Of the 46 respondents, 23 (50%) work for their respective ministry of health. Also, 36 (78%) undertake and/or coordinate HTA through coverage and reimbursement/pricing decisions and other HTA-related activities, while 24 (52%) use HTA for emerging technologies. While some countries in the Region have created formal HTA units, there is a weak link between the HTA process and decision-making. Most of the countries with recognized HTA institutions are members of the Health Technology Assessment Network of the Americas (RedETSA). Despite the advances in the Region overall, most countries in Central America and the Caribbean are still at the early stages of implementing HTA to support decision-making. Conclusions Many countries in the Americas have benefited from the exchange and capacity-building opportunities within RedETSA. However, there are still many challenges to overcome in the Region in terms of the discussion and creation of HTA-related policies.
RESUMEN Objetivo Muchos países han adoptado la evaluación de tecnologías sanitarias (ETS) para mejorar la eficiencia distributiva en sus sistemas de salud. Este estudio tuvo por objeto describir y analizar el proceso de toma de decisiones basado en ETS en la Región de las Américas. Métodos Se hizo una revisión bibliográfica para comprender mejor la situación de la ETS en la Región. Además, en el 2014 y el 2015 se identificaron las personas responsables de realizar la ETS en los países de la Región, quienes recibieron un cuestionario sobre las ETS y el proceso de toma de decisiones. Resultados Se recibieron 46 cuestionarios respondidos en total, procedentes de 30 países. Los encuestados eran similares en cuanto a sus instituciones, principales fuentes de financiamiento y tipos de tecnología que evaluaban. De los 46 encuestados, 23 (50%) trabajan para el ministerio de salud de su país. Además, 36 (78%) realizan o coordinan la ETS mediante decisiones relativas a la cobertura y los reembolsos o fijación de precios, mientras que 24 (52%) usan la ETS para las tecnologías emergentes. Si bien algunos países de la Región han creado unidades formales de ETS, la vinculación entre el proceso de la ETS y la toma de decisiones es débil. La mayoría de los países que cuentan con instituciones reconocidas de ETS son miembros de la Red de Evaluación de Tecnologías Sanitarias de las Américas (RedETSA). No obstante el progreso de la Región en términos generales, la mayoría de los países de Centroamérica y el Caribe se encuentran todavía en las fases iniciales de la aplicación de la ETS para apoyar la toma de decisiones. Conclusiones Muchos países de la Región de las Américas se han beneficiado de las oportunidades de intercambio y formación de capacidad que brinda RedETSA. Sin embargo, persisten muchos retos que es necesario superar en la Región en torno al debate y la formulación de políticas relacionadas con la ETS.