A amostragem do solo é uma importante etapa para caracterização dos atributos físicos e químicos de uma área e definir práticas de manejo e adubação. Para isso, usualmente é utilizada amostragem composta, que busca a representação da área por meio da homogeneização de amostras simples, e, assim, a subdivisão da área em glebas homogêneas assume um importante papel. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a variabilidade dos atributos químicos (pH, Ca2+, Mg2+, Al3+, K, P, H e C orgânico) e físicos do solo (areia grossa, areia fina, silte e argila) em uma população de amostras em diferentes níveis de subdivisão das glebas e verificar a confiabilidade da amostragem composta da área. A área do estudo situa-se na Fazenda Experimental do Canguiri, da Universidade Federal do Paraná, Curitiba (PR). A coleta das amostras foi realizada numa gleba de 12,88 ha, com espaçamento de 30 m, totalizando 135 amostras simples. Os dados foram analisados por medidas de dispersão e normalidade, tomando os seguintes níveis de subdivisão: (a) área total (n=135); (b) compartimentos geomorfológicos: inferior (n=38), médio (n=60) e superior (n=37); e (c) subdivisão dos compartimentos em unidades de mapeamento: inferior - três unidades, médio - quatro unidades, superior - três unidades. Os atributos que apresentaram maior variabilidade foram Al3+, P e K+. Com maior subdivisão, da área, os parâmetros estatísticos mostraram menor variação dos dados. Para o Al3+, por exemplo, com a maior subdivisão os valores de amplitude (diferença percentual entre o valor mínimo e o máximo) passaram de 3.895 % para 294 %, mostrando a importância dos critérios utilizados na subdivisão das glebas. Em áreas com relevo mais acidentado, mesmo a coleta de amostra composta por compartimento ou por unidade de mapeamento não garantiu a homogeneidade da amostragem. A distribuição dos dados para a maioria dos atributos em área total e em compartimentos geomorfológicos não seguiu a distribuição normal, restringindo o uso da amostragem composta nessas condições, ao contrário do observado quando a área foi subdividida em unidades de mapeamento.
Soil sampling is an important part of soil physical and chemical characterization underlying management and fertilization practices. For this purpose, composite sampling is largely used in order to represent the area by the homogenization of single samples. Consequently, the subdivision of the area in homogeneous plots plays an important role. The aim of this study was to evaluate the variability of soil chemical (pH; Ca2+; Mg2+; Al3+; K; P; H; organic carbon) and physical properties (coarse sand, fine sand, silt, and clay) in a sample set at different subdivision levels and to verify the reliability of the composite sample of the area. The study area is part of the Experimental Farm Canguiri of the Federal University of Paraná, Curitiba (PR). Soil sampling was performed in an area of 12.88 ha at points 30 m away from each other, resulting in 135 simple samples. Data were analyzed by dispersion and normality parameters, using the following subdivision levels: (a) total area (n=135); (b) geomorphological compartments: lower (n=38), medium (n=60), upper (n=37); (c) compartment division in mapping units: lower - 3 units, medium - 4 units, upper - 3 units. Al3+, P and K+ were the properties with highest variability. With increasing area subdivision, the statistical parameters showed less data variation. For Al3+, for example, at the highest level of subdivision, the amplitude values (percentage difference between highest and lowest values) decreased from 3.895 to 294 %, indicating the importance of the criteria underlying plot division. In areas with higher slope, even the composite sampling based on geomorphological compartments or mapping units did not ensure the sampling quality. For most properties in the total area and geomorphological compartments, the data distribution was not normal, limiting the use of composite sampling under these conditions, although the opposite was observed when the area was subdivided into mapping units.