Resumo Este estudo observacional teve como objetivo estimar a prevalência de condutores que transitam com excesso de velocidade em vias urbanas e estudar fatores relacionados a este comportamento. A amostra consistiu de 8.565 veículos que circulavam em áreas com e sem radares fixos em operação. Verificamos que 40% dos veículos observados em locais a 200m de radar fixo e 33,6% daqueles observados nos locais sem radar excedem os limites legais (p < 0,001). Motocicletas tiveram maior velocidade máxima registrada (126km/h). Os homens mostraram ser maioria entre os condutores (87,6%), o uso do celular durante a direção foi verificado em 3,3% de todas as observações e 74,6% dos condutores, exceto motociclistas, faziam uso do cinto de segurança. Nos locais onde não havia a presença do radar fixo, maior proporção de mulheres foi observada utilizando mais o celular e o cinto de segurança em relação aos homens (p < 0,05, para ambas comparações), independente dos limites de velocidade. Sugere-se que adesão ao cumprimento dos limites de velocidade vai além de intervenções estruturais.
Abstract This observational study aimed to estimate the prevalence of speeding on urban roadways and to analyze associated factors. The sample consisted of 8,565 vehicles circulating in areas with and without fixed speed cameras in operation. We found that 40% of vehicles 200 meters after the fixed cameras and 33.6% of vehicles observed on roadways without speed cameras were moving over the speed limit (p < 0.001). Motorcycles showed the highest recorded speed (126km/h). Most drivers were men (87.6%), 3.3% of all drivers were using their cell phones, and 74.6% of drivers (not counting motorcyclists) were wearing their seatbelts. On roadway stretches without fixed speed cameras, more women drivers were talking on their cell phones and wearing seatbelts when compared to men (p < 0.05 for both comparisons), independently of speed limits. The results suggest that compliance with speed limits requires more than structural interventions.
Resumen Este estudio observacional fue realizado para estimar la prevalencia de los conductores que no respetan el límite de velocidad en vías urbanas y estudiar los factores relacionados con este comportamiento. La muestra consistió en 8.565 vehículos circulando en zonas con y sin radares fijos en funcionamiento. Se encontró que 40% de los vehículos a 200 metros mas allá del radar estacionario y 33,6% de los observados en las zonas sin radar exceden los límites legales (p < 0,001). Las motos registran una velocidad máxima más elevada (126km/h). Los hombres fueron mayoría (87,6%), el uso de celular mientras se conduce representó un 3.3% de todas las observaciones y el 74,6% de los conductores estaban usando cinturones de seguridad entre los automobilistas. En sitios donde no había presencia de radar estacionario, se observó una mayor proporción de mujeres que usan el teléfono y el cinturón de seguridad (p < 0,05 para ambas comparaciones), independientemente de los límites de velocidad. Se sugiere que la adherencia a las normas referidas a velocidades máximas va más allá de las intervenciones estructurales.