O Pensamento de Platão tem o encanto das estátuas de Dédalo: esvai-se pelos meandros do discurso, tão logo se pretenda travar com ele uma relação de domínio. A sua correta interpretação exige que se assuma a Polis como o lugar natural no qual emerge, como a limitação que ele se propõe superar remontando à Fysis e ao Ser. Fazê-lo importa em captar o movimento que lhe é próprio, partindo da questão sobre o ente e visualizando a resposta como o enunciado de sua essência, isto é, do eidos, e de seu fundamento, isto é, do Bem como nome próprio do Ser. Determinando o ente em sua essência, o eidos é a medida de toda a adequação, da episteme à Polis.
Plato's thought is as charming as the statues of Dedalus: it disappears into the meanders of the discourse, as soon as one proposes to establish with it a dominance relationship. The correct interpretation of Plato's thought demands the assumption of the Polis as the natural place from which it emerges, as the limitation which he proposes to surpass remounting to the Fysis and to the Being. In order to do it, it is important to catch its peculiar movement, starting from the question about the being and visualizing the answer as the statement of its essence, i.e., of the eidos, and of its foundation, i.e., of Good as the proper name of Being. As it determines the being in its essence, the eidos is the measure of the whole adequacy, from the episteme to the Polis.