A história registra o uso de patógenos como potencializadores de recursos bélicos. Considerando os eventos bélicos da contemporaneidade, observa-se a formulação de projetos voltados para elaboração tecnológica sofisticada. Nessa categoria se incluem as armas biológicas, vinculadas aos programas de caráter coercitivo conhecidos como guerras biológicas, que pertencem à lógica da ameaça assimétrica, não definindo território e gerando repercussões econômicas, políticas e sociopsicológicas devastadoras. Esses eventos demandam a elaboração de planos que contemplem o risco, incluindo a capacitação de recursos humanos, investimentos na identificação de materiais empregados em bioterrorismo e também em equipamentos de segurança. Objetiva-se neste artigo discutir a associação entre patógenos, seu potencial de risco e eficácia para o emprego em estratégias de bioterrorismo, destacando as medidas de biossegurança necessárias. Utiliza-se a revisão integrativa para a construção de análises de contextos de risco. O levantamento bibliográfico compreendeu o período 1990/2010, nas bases de dados ISI, LILACS, SciELO e PubMed. Demonstra-se a importância do envolvimento e da capacitação dos profissionais na identificação de agentes biológicos com potencial de risco, considerando que o bioterrorismo pode resultar na sobrecarga dos sistemas de saúde. A biossegurança orienta os procedimentos que devem ser adotados para a contenção dos patógenos, visando ao controle dos riscos.
History records the use of pathogens as improvers of military resources. Considering the events of contemporary war, there is the formulation of projects aimed at sophisticated technological development. They shall include biological weapons, linked to coercive programs known as biological warfare, which belong to the logic of asymmetric threat, not defining territory and generating devastating economic, political and socio-psychological repercussions. These events require the preparation of plans that address the risk, including the training of human resources, investments in the identification of materials used in bioterrorism and also in safety equipment. This paper aims to discuss the association between pathogens, their potential risk and effectiveness for use in bioterrorism strategies, highlighting the necessary biosecurity measures. It uses an integrative review to construct contexts risk analysis. The literature included the period 1990/2010, the ISI databases, LILACS, SciELO and PubMed. It demonstrates the importance of the involvement and training of professionals in the identification of biological agents with potential risk, whereas bioterrorism may result in overload of health systems. Biosecurity guides the procedures to be adopted for the containment of pathogens, aimed at controlling risk.