Estudos epidemiológicos têm sugerido que a hipertensão arterial é uma doença que tem início na infância e a prematuridade, crianças nascidas com menos de 37 semanas, um possível fator associado ao desenvolvimento deste agravo. Este estudo tem por objetivo identificar a associação entre prematuridade e elevação da pressão arterial em crianças por meio de revisão sistemática da literatura. Foram selecionados artigos das bases de dados MEDLINE, LILACS e SciELO publicados no período de 1998 a 2009. Excluiu-se os que não apresentavam resumo, redigidos em idioma diferente do inglês, português e espanhol e os que não objetivavam analisar a relação entre prematuridade e hipertensão. Foram analisados 9 artigos: 5 estudos de caso-controle, 2 transversais e 2 de coorte. Prematuridade não esteve associada à elevação da pressão arterial na infância na maioria dos artigos analisados, porém, sua influência não deve ser descartada, tendo em vista a pequena produção sobre o assunto, bem como as grandes diferenças metodológicas observadas nos estudos publicados no período analisado.
Epidemiological studies have suggested that arterial hypertension is a chronic disease that begins in childhood, and that prematurity (birth at less than 37 weeks' gestational age) is potentially associated with the development of hypertension in childhood and adulthood. Our objective was to identify the association between prematurity and high blood pressure in children, using a systematic literature review. Original articles related to the theme and published in English, Portuguese, or Spanish from 1998 to 2009 were selected from the MEDLINE, LILACS, and SciELO databases. We excluded articles without abstracts, review articles, and articles not related to prematurity and hypertension in childhood. Nine articles were located and analyzed: 5 case-control studies, 2 cross-sectional studies, and 2 cohort studies. The majority of the studies failed to show an association between prematurity and arterial hypertension in childhood. However, the influence of prematurity should not be ruled out, given the small number of studies on this theme and the diversity of methodological approaches in the literature.