Há dois extremos no comportamento taxonômico - publicar tão rápido quanto os novos táxons tornam-se disponíveis e esperar uma vida toda para publicar resultados que não podem ter erro. Nenhum desses extremos vêm de encontro às necessidades dos biólogos contemporâneos em promover nosso entendimento da evolução e manutenção da diversidade biológica. Parte da razão para esses extremos é nossa incapacidade em definir objetivos apropriados para a taxonomia. Ao invés de enfatizar as unidades da diversidade biológica, devemos nos concentrar em investigar padrões - estrutural, biológico, ecológico, temporal e geográfico - porque esses padrões gerarão novas idéias sobre a história evolucionária dos organismos, e que serão de interesse para o futuro da nossa própria espécie. Para investigar esses padrões, precisamos nos concentrar em garantir que nossos métodos de obtenção de dados sejam consistentes com nossos métodos de análise. Mesmo se considerássemos seriamente como nosso objetivo a descrição de todas as espécies vivas, deveríamos planejar métodos de amostragem da diversidade natural estatisticamente aceitáveis, e não fortuitos. Entretanto, os comentários de Willis Jepson (1867-1946) na última edição do Manual Jepson de Plantas Superiores da Califórnia, parecem apropriados aos nossos problemas de taxonomistas de insetos: "O objetivo do botânico é o avanço do conhecimento das plantas vivas. Ele deseja descobrir novos fatos e estabelecer novos princípios. Se sábio, ele nunca tentará produzir um trabalho perfeito, completo e definitivo. Tal trabalho seria um paradoxo e um conflito de propósitos com o conhecimento das coisas vivas e com nossas idéias de evolução sem fim. O completo, o perfeito, o final, representam uma anomalia, uma contradição no campo da biologia. O botânico visionário terá sucesso em fazer trabalho inspirador, produtivo intelectualmente e promotor de progresso, de tal forma que a ciência botânica avançará sempre em áreas novas e mais produtivas".
There are two extremes in taxonomic behavior - publishing quickly as new taxa become available, and waiting a lifetime in the hope of publishing results that cannot be faulted. Neither of these extremes meets the needs of contemporary biologists in furthering our understanding of the evolution and maintenance of biological diversity. Part of the reason for these extremes is our failure to define suitable objectives for taxonomy. Instead of emphasising the units of biological diversity, we should concentrate on investigating patterns, structural, biological, ecological, temporal, and geographical, because it is these patterns that will generate novel ideas about the evolutionary history of organisms, and that will be most likely to be of interest to the future of our own species. To investigate these patterns, we need to give greater thought to ensuring that our methods of data acquisition are consistent with our methods of data analysis. Even if we take seriously as our objective the description of all living species, then we should be devising methods of sampling natural diversity that are statistically acceptable, not haphazard. However, the following comments, credited to Willis Jepson (1867-1946) in the latest edition of the Jepson Manual of Higher Plants of California, seem appropriate to our problems as insect taxonomists: "The botanist's objective is a furtherance of knowledge of living plants. He wishes to discover new facts and establish new principles. If wise, he will never try to produce a work which is perfect, complete and final. Any such work would be a paradox and at cross purposes with our knowledge of living things and our ideas of endless evolution associated with them. Completion, perfection, finality, represent an anomaly, a contradiction in the field of biology. The far seeing botanist will strive to do work which is inspiring, productive of thought and promoting the soundest progress, so that botanical science will ever advance into new and more fruitful fields".