Na era hipertecnológica, somos assistidos pela Tecnologia ou assistentes da Tecnologia? A máquina inteligente, o robô ideal: pode realizar todas as tarefas de laboratório com igual ou maior eficiência do que o homem? Acreditamos que não, visto que a máquina só pode ter "pensamento calculador". Contudo, o homem possui "pensamento reflexivo" e juízo ético que lhe permitem um discernimento crítico fundamental. A máquina deve assistir-nos, porém, é o profissional quem deve tomar as decisões a respeito das pré e pós-análises, do controle do instrumental na fase analítica e do atendimento do paciente. A simplificação dos métodos analíticos conduz à realização das análises deslocadas, "ao lado do paciente". Os avanços técnicos como a miniaturização, a automação e a informática favorecem o processo de deslocação que pode ter lugar em unidades críticas, plantões, salas de cirurgia, ou até mesmo, fora do ambiente hospitalar. A velocidade de resposta em casos críticos pode justificar as análises deslocadas, porém existem claras limitações: segurança na Qualidade, Biossegurança e aspectos bioéticos; a respeito da confidencialidade e capacidade para fornecer ao paciente informação adequada. Nesse contexto, é imperativo repensar as Ciências da Saúde não só na importância da Tecnologia, mas também, e principalmente, no fator humano e no papel social do Bioquímico como integrante da equipe de saúde.
In the hyper technological era, are we assisted by technology or assistants of technology? The intelligent machine, the ideal robot can perform all tasks in the laboratory, with equal or greater efficacy than man? We think not, because the machine can only have "calculating thinking". Instead, man has "reflexive thinking" and ethical judgment, which allow a fundamental critical discernment. The machine must assist professionals, but is the professional who must decide about questions relative to pre and post analysis, control of instruments in the analytical phase, and patient care. Simplification of analytical methods leads to the realization of delocalized analysis, or "point of care". Technical advances such as miniaturization, automation and computing favour delocalized analysis, which can take place in critical units, emergencies, surgeries or even outside the hospital setting. The speed of response in critical cases can justify the delocalized analysis, but there are clear limitations: Quality Assurance, biosafety and bioethical aspects: confidentiality and ability to provide adequate information to the patient. In this context, in the Health Sciences, it is imperative to rethink the importance of technology, but also, and especially, the human factor and the social role of the Biochemist as health team member.
En la era hipertecnológica, ¿somos asistidos por la Tecnología o asistentes de la Tecnología? La máquina inteligente, el robot ideal, ¿puede realizar todas las tareas del laboratorio, con igual o mayor eficacia que el hombre? Creemos que no, ya que la máquina puede tener solamente "pensamiento calculador". En cambio, el hombre posee "pensamiento reflexivo" y juicio ético, que le permiten un discernimiento crítico fundamental. La máquina debe asistirnos, pero es el profesional quien debe decidir lo atinente al pre y post análisis, al control del instrumental en la fase analítica, y a la atención al paciente. La simplificación de los métodos analíticos conlleva a la realización de los análisis deslocalizados, "al lado del paciente". Los progresos técnicos como la miniaturización, la automatización y la informática favorecen el proceso de deslocalización, que puede tener lugar en unidades críticas, guardias, quirófanos o, incluso, fuera del ámbito hospitalario. La rapidez de respuesta en casos críticos puede justificar los análisis deslocalizados, pero existen claras limitaciones: Aseguramiento de la Calidad, Bioseguridad y aspectos bioéticos, respeto de la confidencialidad y capacidad para brindar información adecuada al paciente. En este contexto, es imperativo repensar las Ciencias de la Salud en la importancia de la tecnología pero, también, y sobre todo, en el factor humano y en el rol social del Bioquímico integrante del equipo de salud.