Resumo Este artigo analisa a situação de saúde no Distrito Federal (DF) no período de 2005 a 2017. Um conjunto de indicadores foram selecionados e comparados aos da região Centro-Oeste (CO) e do Brasil. Inicialmente são apresentados dados sobre o perfil demográfico e a atual estrutura organizacional das regiões de saúde e áreas administrativas do DF. Os resultados mostram que o DF apresenta melhoria na taxa de mortalidade infantil, de 18,3% em 2006 para 10,3% em 2016, considerada uma das menores do país. A taxa de detecção de aids no DF apresenta tendência de queda (21,3%), entre os anos de 2006 e 2016, resultado positivo se comparado aos dados da região CO e do Brasil. Quanto à situação epidemiológica de tuberculose no DF, foi constatada, entre 2006 a 2016, um dos menores coeficientes de incidência e mortalidade do país, bem abaixo da média nacional, assim como a hanseníase com uma importante redução da taxa de detecção anual e a detecção de grau II de incapacidade, entre os anos 2007 e 2017. No caso da sífilis congênita em < de 1 ano, teve aumento nos últimos anos no Brasil, CO e no DF em 2006 apresentou uma taxa de (2,56/1.000NV) e em 2016 (4,7/1.000NV). Os dados permitem que os gestores conheçam as tendências e identifiquem os desafios para o enfrentamento e a tomada de decisão frente à realidade de saúde do DF.
Abstract This study examines the health situation in Brazil’s Federal District between 2005 and 2017. A related set of indicators were selected and compared to those for Brazil’s Midwest (“Centro-Oeste”) region and for the country as a whole. First, data are presented on the demographic profile and current organizational structure of the health regions and administrative areas of the Federal District. The results show that infant mortality declined from 18.3% in 2006 to 10.3% (one of the lowest in rates in Brazil) in 2016. AIDS incidence in the Federal District declined 21.3% between 2006 and 2016, a positive result when compared to data for the Midwest region and Brazil. Tuberculosis incidence and mortality rates were among the lowest in Brazil between 2006 and 2016, well below the national average, as were those for Hansen’s disease, where both annual incidence and incidence of grade 2 disability decreased significantly between 2007 and 2017. Congenital syphilis in under 1 year-olds has increased in recent years in Brazil and the Midwest, and also in the Federal District, where the rate was 2.56 per 1,000 live births in 2006 and 4.7 per 1,000 live births in in 2016. These data enable managers to identify trends and challenges to be met, and inform decision-making in response to health realities in the Federal District.