OBJETIVO: Avaliar o consumo de frutas e hortaliças por adultos e identificar variáveis sociodemográficas e de estilo de vida associadas ao consumo desses alimentos. MÉTODOS: Estudo transversal, de base populacional, realizado na área urbana de Ribeirão Preto, SP, em 2006, com amostra selecionada por conglomerados, em três estágios, tendo como unidade primária o setor censitário. A amostra foi composta por 930 participantes com 30 anos e mais; na análise de dados levou-se em consideração o efeito de desenho. O consumo de frutas e hortaliças baseou-se em questionário de freqüência semiquantitativo, utilizando-se como indicadores os escores médios de freqüência de consumo de frutas e hortaliças, consumo diário e consumo mínimo desses alimentos. As variáveis independentes analisadas foram: faixa etária, estado marital, escolaridade, renda familiar per capita, estado nutricional, tabagismo e atividade física. Médias dos escores de freqüência de consumo foram estimadas por pontos e por intervalos com 95% de confiança. Para o estudo de associação, razões de prevalências foram estimadas por pontos e por intervalos com 95% de confiança, utilizando-se regressão de Poisson. Testes de tendência linear foram aplicados, adotando-se nível de significância de 5%. RESULTADOS: Apenas 24% dos homens e 38% das mulheres atenderam à recomendação mínima do consumo de frutas e hortaliças; observou-se associação positiva com a idade e renda per capita. Mulheres com maior escolaridade e homens que viviam com a companheira consumiam mais frutas e hortaliças que os demais. Atividade física, tabagismo e estado nutricional não apresentaram associação com o consumo mínimo recomendado de frutas e hortaliças. CONCLUSÕES: Fatores socioeconômicos têm importante influência sobre o consumo de frutas e hortaliças e, por serem passíveis de intervenção, podem contribuir para a adoção de hábitos alimentares saudáveis.
OBJECTIVE: To assess fruit and vegetable intake by adults and identify sociodemographic and life style variables associated with this intake. METHODS: A population-based cross-sectional study was performed in the urban area of the city of Ribeirão Preto, Southeastern Brazil, in 2006. Sample was selected using three-stage cluster sampling, with census tracts as primary units. Sample was comprised of 930 participants aged 30 years and more and the design effect was considered in data analysis. Fruit and vegetable intake was based on a semi-quantitative food frequency questionnaire, using mean scores of frequency of fruit and vegetable intake, daily intake and minimum intake of such foods as indicators. The independent variables analyzed were as follows: age group, marital status, level of education, per capita household income, nutritional status, smoking and physical activity. Mean scores of frequency of intake were estimated by point and 95% confidence intervals. Prevalence ratios were also estimated by point and 95% confidence intervals to analyze association, using Poisson regression. Linear trend tests were applied, adopting a 5% confidence level. RESULTS: Only 24% of men and 38% of women met the minimum recommendation for fruit and vegetable intake; there was a positive association with age and per capita income. Women with a higher level of education and men who lived with a female partner consumed more fruits and vegetables than others. Physical activity, smoking and nutritional status were not associated with the minimum recommended fruit and vegetable intake. CONCLUSIONS: Socioeconomic factors have an important influence on fruit and vegetable intake and, as these are subject to intervention, they can contribute to the adoption of healthy eating habits.
OBJETIVO: Evaluar el consumo de frutas y hortalizas por adultos e identificar variables sociodemográficas y de estilo de vida asociadas al consumo de estos alimentos. MÉTODOS: Estudio transversal, de base poblacional, realizado en el área urbana de Ribeirao Preto, Sureste de Brasil, en 2006, con muestra seleccionada por conglomerados, en tres fases, teniendo como unidad primaria el sector del censo. La muestra estuvo compuesta por 930 participantes con 30 años y más y, en el análisis de datos se tomó en consideración el efecto del diseño. El consumo de frutas y hortalizas se basó en cuestionario de frecuencia semi-cuantitativa, utilizándose como indicadores los escores promedios de frecuencia de consumo de frutas y hortalizas, consumo diario y consumo mínimo de esos alimentos. Las variables independientes analizadas fueron: grupo etario, estado marital, escolaridad, renta familiar per capita, estado nutricional, tabaquismo y actividad física. Promedio de los escores de frecuencia de consumo fueron estimados por puntos y por intervalos con 95% de confianza. Para el estudio de asociación, razones de prevalencias fueron estimadas por puntos y por intervalos con 95% de confianza utilizándose regresión de Poisson. Pruebas de tendencia linear fueron aplicados, adoptándose nivel de significancia de 5%. RESULTADOS: Solo 24% de los hombres y 38% de las mujeres atendieron la recomendación mínima de consumo de frutas y hortalizas; se observó asociación positiva con la edad y renta per capita. Mujeres con mayor escolaridad y hombres que vivían con la compañera consumían más frutas y hortalizas con que los demás. Actividad física, tabaquismo y estado nutricional no presentaron asociación con el consumo mínimo recomendado de frutas y hortalizas. CONCLUSIONES: Factores socioeconómicos tienen importante influencia sobre el consumo de frutas y hortalizas y, por estar sujetos a intervención, pueden contribuir para la adopción de hábitos alimentarios saludables.