Resumo Fundamento Vários estudos têm mostrado que as mulheres não recebem tratamento adequado e apresentam piores desfechos após infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST). Por isso, é necessário investigar questões relacionadas ao gênero para melhor lidar com esse problema no Brasil. Objetivo Determinar se existe associação entre o sexo feminino e eventos adversos em uma coorte contemporânea de pacientes com IAMCSST submetidos à intervenção coronária percutânea primária (ICPp). Métodos Este foi um estudo prospectivo do tipo coorte de pacientes com IAMCSST submetidos à ICPp em um hospital universitário terciário entre março de 2011 e dezembro de 2021. Os pacientes foram categorizados em grupos de acordo com o sexo ao nascimento. O primeiro desfecho clínico foi ECAM em longo prazo. Os pacientes foram acompanhados por um período máximo de cinco anos. Um nível de significância bilateral de 0,05 foi aplicado em todos os testes de hipóteses. Resultados Entre os 1457 pacientes internados por IAMCSST no período do estudo, 1362 foram incluídos e 468 (34,4%) eram do sexo feminino. As mulheres apresentaram maior prevalência de hipertensão (73% vs. 60%, p<0,001), diabetes (32% vs. 25%, p=0,003) e classe Killip 3-4 na internação (17% vs. 12%, p=0,01); o escore de risco TIMI foi maior nas mulheres [4 (2, 6) vs. 3 (2, 5), p<0.001]. A mortalidade hospitalar não foi diferente entre os grupos (12,8% vs. 10,5%; p=0,20). Os ECAMs foram numericamente maiores nas mulheres que nos homens tanto durante a internação (16,0% vs. 12,6%, p=0,085) como em longo prazo (28,7% vs. 24,4%, p=0,089), com significância limítrofe. Após a análise multivariada, o sexo feminino não foi associado a ECAMs (HR = 1,14; IC95% 0,86 – 1,51; p = 0,36). Conclusão Em uma coorte prospectiva contemporânea de pacientes com IAMCSST submetidos à ICPp, pacientes do sexo feminino apresentaram idade mais avançada e mais comorbidades no basal que os pacientes do sexo masculino, mas não houve diferenças significativas entre os sexos quanto aos desfechos adversos no hospital ou em longo prazo. IAMCSST. . (IAMCSST) isso Brasil ICPp. (ICPp) 201 2021 nascimento anos 005 0 05 0,0 hipóteses 145 136 46 34,4% 344 34 4 (34,4% 73% 73 (73 vs 60 60% p<0,001, p0001 p<0,001 , 001 p<0,001) 32% 32 (32 25 25% p=0,003 p0003 003 3- 17% 17 (17 12 12% p=0,01 p001 01 p=0,01) [ 2, 2 (2 6 5, 5 5) p<0.001. p<0.001 p<0.001] 12,8% 128 8 (12,8 10,5% 105 10 p=0,20. p020 p=0,20 20 p=0,20) 16,0% 160 16 (16,0 126 12,6% p=0,085 p0085 085 28,7% 287 28 7 (28,7 244 24 24,4% p=0,089, p0089 p=0,089 089 p=0,089) limítrofe multivariada HR 1,14 114 1 14 IC95 IC 086 86 0,8 1,51 151 51 0,36. 036 0,36 36 0,36) masculino (IAMCSST (ICPp 202 00 0, 13 34,4 (34,4 (7 p000 p<0,00 (3 p=0,00 (1 p=0,0 p00 ( p<0.00 12,8 (12, 10,5 p02 p=0,2 16,0 (16, 12,6 p=0,08 p008 08 28,7 (28, 24,4 1,1 11 IC9 1,5 15 03 0,3 34, (34, p<0,0 p=0, p0 p<0.0 12, (12 10, 16, (16 28, (28 24, 1, (34 p<0, p=0 p<0. p<0 p= p<
Abstract Background Several studies have shown that women are usually undertreated and have worse outcomes after ST-segment elevation myocardial infarction (STEMI), hence the need to investigate questions related to sex in Brazil to better deal with the problem. Objective To determine whether female sex is still associated with adverse events in a contemporary cohort of patients with STEMI undergoing primary percutaneous coronary intervention (pPCI). Methods This was a prospective cohort study of STEMI patients submitted to pPCI in a tertiary university hospital between March 2011 and December 2021. Patients were categorized into groups based on their sex at birth. The primary clinical outcome was long-term MACCE. Patients were followed-up for up to five years. All hypothesis tests had a two-sided significance level of 0.05. Results Among 1457 patients admitted with STEMI in the study period, 1362 were included and 468 (34.4%) were women. Female patients had a higher prevalence of hypertension (73% vs. 60%, p <0.001), diabetes (32% vs. 25%, p=0.003) and Killip class 3-4 at hospital admission (17% vs. 12%, p=0.01); TIMI risk score was higher among women (4 [2, 6] vs. 3 [2, 5], p<0.001). In-hospital mortality was not different between groups (12.8% vs. 10.5%, p=0.20). In-hospital MACCE (16.0% vs. 12.6%, p=0.085) and long-term MACCE (28.7% vs. 24.4%, p=0.089) were numerically higher in women, with borderline significance. After multivariate analysis, female sex was not associated with MACCE (HR = 1.14; 95% CI 0.86 – 1.51; p = 0.36). Conclusion In a prospective cohort of STEMI patients submitted to pPCI, female patients were older and had more comorbidities at baseline, but no significant differences were found in terms of long-term adverse outcomes. STsegment ST segment STEMI, , (STEMI) problem pPCI. . (pPCI) 201 2021 birth longterm long term followedup followed years twosided two sided 005 0 05 0.05 145 period 136 46 34.4% 344 34 4 (34.4% 73% 73 (73 vs 60 60% <0.001, 0001 <0.001 001 <0.001) 32% 32 (32 25 25% p=0.003 p0003 003 3- 17% 17 (17 12 12% p=0.01 p001 01 p=0.01) ( 2, 2 [2 6 5, 5 5] p<0.001. p0001 p<0.001 p<0.001) Inhospital 12.8% 128 8 (12.8 105 10 10.5% p=0.20. p020 p=0.20 20 p=0.20) 16.0% 160 16 (16.0 126 12.6% p=0.085 p0085 085 28.7% 287 28 7 (28.7 244 24 24.4% p=0.089 p0089 089 analysis HR 1.14 114 1 14 95 086 86 0.8 1.51 151 51 0.36. 036 0.36 36 0.36) baseline (STEMI (pPCI 202 00 0.0 13 34.4 (34.4 (7 000 <0.00 (3 p=0.00 p000 (1 p=0.0 p00 [ p<0.00 12.8 (12. 10.5 p02 p=0.2 16.0 (16. 12.6 p=0.08 p008 08 28.7 (28. 24.4 1.1 11 9 0. 1.5 15 03 0.3 34. (34. <0.0 p=0. p0 p<0.0 12. (12 10. 16. (16 28. (28 24. 1. (34 <0. p=0 p<0. (2 <0 p= p<0 < p<