RESUMO O objetivo deste trabalho é construir uma tabela de conteúdo de iodo de alimentos visto que tais informações são necessárias para que políticas públicas possam estabelecer metas nutricionais e no Brasil não existem dados do conteúdo de iodo dos alimentos, dificultando a avaliação do consumo pela população. Na construção da tabela utilizou-se bancos de dados de 14 países. Os alimentos utilizados foram aqueles listados na Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2008-2009, exceto aqueles que continham sal de adição e os que suscitaram dúvidas em relação à existência de submissão ou não a algum preparo. A compilação dos bancos de dados internacionais do conteúdo de iodo resultou em 266 alimentos, os quais foram reunidos em 15 grupos. Foi realizada também a quantificação de iodo por grupo de alimentos e no sal iodado. Os dados foram apresentados como mediana, mínimo e máximo. Foi encontrada grande variação no conteúdo de iodo dos alimentos entre os países e inter e intra grupos de alimentos. Os que apresentaram maiores conteúdos foram o dos pescados e frutos do mar e dos laticínios. Em relação à iodação do sal, os países seguiram a recomendação da Organização Mundial da Saúde, exceto, Espanha, Noruega e Turquia. A tabela do conteúdo de iodo de alimentos poderá ser um instrumento útil para avaliação da ingestão de iodo, sendo importante em pesquisa do estado nutricional, orientação alimentar e programas de saúde pública.
ABSATRCT In Brazil, there are no data on the iodine content of foods, making it difficult for the population to assess their consumption of iodine. Such information is necessary for public policies aimed at establishing nutritional goals. The objective this article is to construct a table of the iodine content of foods. For the construction of the table, databases from 14 countries were used. The foods used were those listed in the 2008-2009 Household Budget Survey, except those containing added salt, and the doubts about whether or not the food was submitted to any kind of preparation. The compilation of international databases of iodine content resulted in 266 foods, which were grouped into 15 groups. Iodine was also quantified by food group and iodized salt. Data were presented as median, minimum, and maximum. A broad variation in the iodine content of foods was found between countries and inter- and intra-food groups. Those with the highest content were fish and seafood, and dairy products. Regarding salt iodization, these countries followed the recommendation of the World Health Organization, except for Spain, Norway and Turkey. The Food Iodine Content Table can be a useful tool for assessing iodine intake, being important in research on nutritional status, food guidance, and public health programs.