Resumo Este artigo resultou de uma pesquisa que teve como objetivo analisar a institucionalização do trabalho das agentes comunitárias de saúde no município do Rio de Janeiro, mediante a avaliação de como uma perspectiva de gênero presente na política de qualificação dessas trabalhadoras vem afetando a constituição de sua profissão. Participaram do estudo 167 agentes entre os anos 2011 e 2013. Apresenta-se, primeiramente, a perspectiva de gênero presente nas políticas do Estado direcionadas às agentes. Em seguida, recupera-se a experiência de trabalho dessas trabalhadoras na implantação do Programa Saúde da Família no município e a sua relação com habilidades vistas como inatas à condição feminina, para depois se analisar como a reforma da atenção primária realizada pela Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil em 2009 vem afetando o processo de trabalho das agentes. Constatou-se que, com as novas formas de gestão adotadas, as agentes vêm se distanciando das comunidades atendidas, perdendo, desta maneira, o diferencial que dava significado e reconhecimento ao seu trabalho.
Abstract This article is the outcome of a research project carried out aiming to analyze the institutionalization of the work of community health agents in the city of Rio de Janeiro, the capital of the state of Rio de Janeiro, Brazil, by evaluating how a gender perspective present in these workers' qualification policy has affected how the profession is formed. A total of 167 agents took part of the study between 2011 and 2013. First, the gender perspective present in this State's policies directed to the agents is presented. The work experience of these workers in the implementation of the Family Health Program in the city and its relation to the skills seen as innate to the female condition are analyzed, followed by an investigation of how the primary care reform undertaken by the Municipal Health and Civil Defense Department in 2009 has affected the agents' work process. It was found that with the new types of management adopted, the agents have been distancing themselves from the communities they serve, thus losing the unique features that gave meaning and brought recognition to their work.
Resumen Este artículo es el resultado de una investigación que tuvo por objetivo analizar la institucionalización del trabajo de las agentes comunitarias de salud en el municipio de Río de Janeiro, capital del estado de mismo nombre, Brasil. Se evaluó cómo determinada perspectiva de género, presente en la política de calificación de estas trabajadoras, viene afectando la constitución se su profesión. Participaron en el estudio 167 agentes entre los años 2011 y 2013. En primer lugar, se presenta la perspectiva de género existente en las políticas del Estado dirigidas hacia las agentes. Luego, se recupera la experiencia de trabajo de estas trabajadoras en la implementación del Programa Salud de la Familia en el municipio y su relación con habilidades consideradas innatas a la condición femenina. Posteriormente, se analizó cómo la reforma de la atención primaria, realizada por la Secretaría Municipal de Salud y Defensa Civil en el 2009, viene afectando el proceso laboral de las agentes. Se constató que, con las nuevas formas de gestión adoptadas, las agentes se han distanciado de las comunidades atendidas, perdiendo, de esta manera, el diferencial que atribuía significado y reconocimiento a su trabajo.