Três novos casos humanos de infecção por Lagochilascaris minor são apresentados. Todos os pacientes eram oriundos do Estado do Pará, Brasil, e viviam em zona rural ou próximo à mata. As lesões, no momento da consulta, localizavam-se no pescoço, mastóide e ouvido, estando já fistulizadas; em dois casos havia também envolvimento do sistema nervoso central. Amostras de tecidos, retiradas das lesões, revelaram, ao exame histológico, ovos e vermes em vários estádios de sua evolução. A identificação da espécie foi confirmada através do estudo de larvas e adultos eliminados, pelas fístulas cutâneas, de mistura com pus. O tratamento consistiu em excisão cirúrgica das tumorações e administração de antihelmínticos, com bons resultados. Em dois pacientes, no entanto, houve recidiva das lesões, após cura aparente, indicando que as drogas utilizadas não destroem os ovos do parasito.
Three new cases of human infection with Lagochilascaris minor are reported. All the patients were from the State of Pará (Brazil), living in rural areas or close to the forest. They were admitted to hospitals in the Federal District due to the presence of abscesses in the region of the neck, ear, mastoid process and, in two of them, to the involvement also of the central nervous system. Microscopic examination of tissue samples taken from the lesions showed sections of eggs and worms - in different evolutive stages - identified as Lagochilascaris minor. Larvae and adult worms obtained from existing fistulae proved also to be of the same species. The three patients were treated with autihelmintic drugs and surgical excision of the lesions, with good clinical results. In two of them, however, relapsing occurred, suggesting that the drugs do not destroy the worm eggs, in spite of the apparent healing of the lesions.