Este artigo apresenta uma experiência de extensão desenvolvida por estudantes e professores de Psicologia nos Núcleos do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) da cidade de João Pessoa. A extensão objetivava desnaturalizar o trabalho infantil, contribuir para a formação da cidadania, desenvolver o protagonismo e formar profissionais em Psicologia social. O PETI é um programa do Governo Federal que objetiva retirar crianças e adolescentes de 7 a 15 anos e 11 meses de idade do trabalho perigoso, penoso, insalubre ou degradante, e fundamenta-se nos aportes teóricos da história da criança, dos direitos das crianças e adolescentes, do protagonismo juvenil e da educação popular. A metodologia visa à construção conjunta considerando as experiências dos diferentes atores. Utilizamos oficinas de literatura, escrita, música, filmes, fotografia, gibis, desenhos, Estatuto da Criança e do Adolescente, conversas em círculos, jogos e brincadeiras. A experiência conduziu-nos para aspectos que nem mesmo estavam entre os objetivos do trabalho. Percebemos que as crianças e os adolescentes do PETI não se veem como sujeitos de direitos, naturalizam a violência e não acreditam em mudanças, mas apresentam lampejos de resistência, de participação e de ações coletivas.
This article presents an extension experience developed by psychology students and professors on the Núcleos do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) in João Pessoa. The extension had the objective to denaturalize the child labor, contributing to the citizen’s constitution, developing the empowerment and constituting social-psychology professionals. PETI is a federal government program that aims at saving children and adolescents from seven to fifteen years and eleven months old from dangerous, painful, insalubrious or degrading labour. This research is based on the theories about child history, children and adolescents’ rights, youth empowerment and popular education. The methodology was based on collective construction, considering the different subjects’ experiences. We worked with literature workshops, writing, music, movies, photography, comic books, drawings, The Child and Adolescent Statute, conversation circles, sports and games. The experience led us to aspects that were not even among the objectives of the work. We realize that PETI’s children and adolescents don’t see themselves as citizens of rights, naturalize violence and don’t believe in changes. Still, they present sparkles of resistance, participation and collective actions.
Este artículo presenta una experiencia de extensión desarrollada por estudiantes y profesores de Psicología en los Núcleos del Programa de Erradicación del Trabajo Infantil (PETI) de la ciudad de João Pessoa. La extensión objetivaba desnaturalizar el trabajo infantil, contribuir para la formación de la ciudadanía, desarrollar el protagonismo y formar profesionales en Psicología social. El PETI es un programa del Gobierno Federal que tiene como objetivo apartar a niños y adolescentes entre 07 años y 15 años y 11 meses de edad del trabajo peligroso, penoso, insalubre o degradante, y se fundamenta en los aportes teóricos de la historia del niño, de los derechos del niños y de los adolescentes, del protagonismo juvenil y de la educación popular. La metodología tiene como objetivo la construcción conjunta considerando las experiencias de los diferentes actores. Hemos utilizado talleres de literatura, escrita, música, películas, fotografías, cómics, dibujos, Estatuto del Niño y del Adolescente, conversaciones en círculos, juegos y jugueteos. La experiencia nos ha conducido a aspectos que ni siquiera se encontraban entre los objetivos del trabajo. Nos hemos dado cuenta de que los niños y los adolescentes del PETI no se ven como sujeto de derechos, naturalizan a la violencia y no creen en cambios, sino que presentan momentos de resistencia, de participación y de acciones colectivas.