Resumen El área fronteriza entre la capitanía de Mato Grosso y las misiones de Mojos y Chiquitos, administradas por los jesuitas españoles, se caracterizó por una serie de conflictos que involucraron a los súbditos de las coronas ibéricas, especialmente a partir de 1750. En este contexto, Portugal y España firmaron el Tratado de Madrid, un acuerdo diplomático que definió sus territorios en las colonias americanas. Según este tratado, los cursos de los ríos debían servir como límites territoriales entre los dominios ibéricos, como el Guaporé y el Madeira. Sin embargo, los ríos no eran meros hitos fronterizos. Este artículo analiza cómo la corona portuguesa intentó apoderarse del Guaporé y qué estrategias utilizó para lograrlo.
Abstract The border area between the Mato Grosso captaincy and Mojos and Chiquitos missions, organized by Castilian Jesuits, it was characterized by a series by litigious episodes involving vassals of Iberian crowns, above all from 1750. It’s about a context in which Portugal and Spain had signed the Treaty of Madrid, a diplomatic agreement that defined their territories in American conquers. Through this treaty, it was established that the river routes should have been used as territorial limits between Iberian dominations, for example Guaporé and Madeira. The rivers, in turn, were not just limit delimitations. This article analyses how Portuguese crown tried to appropriate of Guaporé and which mechanisms had used with this purpose.
Resumo A área limítrofe entre a capitania do Mato Grosso e as missões de Mojos e Chiquitos, organizadas pelos jesuítas castelhanos, foi caracterizada por uma série de episódios litigiosos envolvendo os vassalos das Coroas ibéricas, sobretudo a partir de 1750. Trata-se de um contexto no qual Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Madri, acordo diplomático que definia seus territórios nas conquistas americanas. Por meio desse tratado, foi estabelecido que os cursos dos rios deveriam ser usados como limites territoriais entre os domínios ibéricos, a exemplo do Guaporé e do Madeira. Os rios, por sua vez, não eram apenas demarcadores de limites. Este artigo analisa de que maneira a Coroa portuguesa procurava se apropriar do Guaporé e quais mecanismos empregou com essa finalidade.