A Iniciativa Hospital Amigo da Criança preconiza que não se dê a recém-natos nenhum outro alimento ou líquido além do leite materno, a não ser que haja indicação clínica (passo 6). Este estudo teve como objetivo verificar a prevalência e identificar justificativas alegadas para suplementação ao aleitamento materno em recém-nascidos de alojamento conjunto. A amostra foi composta por 300 recém-nascidos de um Hospital Amigo da Criança do Rio de Janeiro, Brasil, que usaram suplemento dentre os que permaneceram exclusivamente em alojamento conjunto. As justificativas alegadas para uso de suplemento foram classificadas como aceitáveis ou não segundo critérios da Iniciativa Hospital Amigo da Criança. A prevalência de uso de suplemento foi de 33,3%. As principais justificativas foram: hipogalactia/agalactia (36,8%), condições de risco para hipoglicemia (21,1%), parto cesáreo (7,9%), condições relativas ao sistema estomatognático (7,4%), condições maternas (6,3%) e ausência de resultado de teste rápido anti-HIV (4,5%). O parto cesáreo esteve associado à maior risco de uso de suplemento (RP = 2,1; IC95%: 1,77-2,55) em relação ao parto vaginal. A prevalência do uso de suplemento foi elevada, sendo 9% das justificativas alegadas aceitáveis.
The Baby-Friendly Hospital Initiative recommends not giving newborn infants any food or drink other than breast milk unless medically indicated. This study investigated the prevalence and alleged reasons for giving formula supplementation to rooming-in newborns at a Baby-Friendly Hospital. Participants were 300 formula-supplemented, exclusively rooming-in newborns at a Baby-Friendly Hospital in Rio de Janeiro, Brazil. Reasons for formula supplementation were classified as acceptable or unacceptable in accordance with the WHO/UNICEF Baby-Friendly Hospital Initiative guidelines. A supplementation prevalence of 33.3% was found. The main allegations were: hypogalactia/ agalactia (36.8%), conditions involving risk of hypoglicemia (21.1%), cesarean section (7.9%), stomatognathic system-related conditions (7.4%), maternal conditions (6.3%), and absence of maternal HIV serology (4.5%). Cesarean section was associated with a higher risk of supplementation (RP = 2.1; 95%CI: 1.77-2.55) as compared to vaginal delivery. Supplementation prevalence was high, and only 9% of the allegations were justified.