Resumen: La medicalización de la infancia es una temática que está en evidencia en la contemporaneidad, debido a una epidemia de trastornos mentales que alcanza a niños y adolescentes. En esta perspectiva, se considera que una parte de la población infanto-juvenil está siendo perjudicada por diagnósticos psiquiátricos equivocados y tratamientos innecesarios. Por lo tanto, la principal preocupación que rige esta investigación refiere a niños y adolescentes que están siendo etiquetados con diagnósticos falso-positivos de trastornos mentales y “tratados” con intervenciones farmacológicas como se tuviesen patologías graves. El Trastorno de Déficit de Atención e Hiperactividad (TDAH) fue elegido como tema principal de este estudio por presentar una elevada prevalencia en diversos países. A partir de este contexto, fue establecido como objetivo de esta investigación comprender cómo las redes sociales (comunidades virtuales de Facebook) son utilizadas para vehicular estrategias biopolíticas, con el propósito de articular el proceso de medicalización de la infancia. La metodología utilizada para el desarrollo de la investigación fue la etnografía virtual en una comunidad de la red social Facebook. Se considera que las informaciones sobre el TDAH diseminadas en las redes sociales, identificadas como de carácter educativo, y sumadas a la publicidad, caracterizan una vulnerabilidad del campo virtual que viabiliza la articulación de la medicalización de la infancia.
Abstract: Childhood medicalization is evident in the contemporaneous; due to an epidemic of mental disorders that affects children and adolescents. From this perspective, a part of the child and adolescent public is considered to be undermined by misdiagnosed psychiatric diagnoses and unnecessary treatment. Therefore, the main concern that governs this research is centered in children and adolescents that are being labeled with false positive diagnoses of mental disorders and “treated” with drug interventions as if they had serious pathologies. Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) was chosen as the main theme of study because it has a high prevalence in several countries. From this context, we established as the objective of this research to understand how social networks (virtual communities of Facebook) are used to convey biopolitical strategies, with the purpose of articulating the process of medicalization of childhood. The methodology used for the development of the research was virtual ethnography in a community of the social network Facebook. We consider that the information about ADHD disseminated in social networks, identified as educational, and added to the publicity, characterize a vulnerability of the virtual field that facilitates the articulation of the medicalization of childhood.
Resumo: A medicalização da infância é uma temática que está em evidência na contemporaneidade, devido a uma epidemia de transtornos mentais que atinge crianças e adolescentes. Nesta perspectiva, considera-se que uma parte do público infanto-juvenil está sendo prejudicada por diagnósticos psiquiátricos equivocados e tratamentos desnecessários. Portanto, a principal preocupação que rege esta pesquisa é com crianças e adolescentes que estão sendo rotulados com diagnósticos falso-positivos de transtornos mentais e “tratados” com intervenções medicamentosas como se tivessem patologias graves. O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) foi elegido como tema principal deste estudo por apresentar elevada prevalência em diversos países. A partir deste contexto, foi estabelecido como objetivo desta pesquisa compreender como as redes sociais (comunidades virtuais do Facebook) são utilizadas para veicular estratégias biopolíticas, com intuito de articular o processo de medicalização da infância. A metodologia utilizada para o desenvolvimento da pesquisa foi a etnografia virtual em uma comunidade da rede social Facebook. Considera-se que as informações sobre o TDAH disseminadas nas redes sociais, identificadas como de caráter educativo, e somadas à publicidade, caracterizam uma vulnerabilidade do campo virtual que viabiliza a articulação da medicalização de infância.