RESUMO Introdução: O tradicional programa de treinamento em hipóxia utilizado pelos atletas de endurance foi incluído no treinamento dos jogadores de esportes coletivos e/ou de raquete. Objetivo: O objetivo do presente estudo consiste em analisar o efeito de uma nova dose menor de treinamento de sprints repetidos em hipóxia (SRH), em comparação com estudos anteriores sobre o desempenho físico de curto e longo prazo dos jogadores de esportes coletivos. Métodos: Os testes foram realizados antes e após quatro semanas de treinamento específico supervisionado e após duas semanas de destreinamento. Vinte e quatro jogadores de esporte coletivo participaram voluntariamente no estudo (idade: 22,73±2,87 anos; peso: 70,20±3,42 kg; estatura: 176,95±1,63 cm; IMC: 22,42 ±2,26 kg/m2); os participantes foram aleatoriamente designados para o grupo de treinamento SRH (n=8; FiO2=14,6%) ou para o grupo de normóxia (SRN) (n=8; FiO2=20,9%) ou para um terceiro grupo controle (CON) (n=8). Os participantes realizaram oito sessões de treinamento de duas séries de cinco sprints repetidos de 10 segundos com período de recuperação de 20 segundos entre os sprints e de 10 minutos a 120 W entre as séries. A composição corporal foi medida seguindo os procedimentos padrão de avaliação antropométrica. Para avaliar os desfechos aeróbicos e anaeróbicos, os testes de Wingate, teste de habilidade de sprints repetidos, SJ, CMJ e Yo-Yo teste de recuperação intermitente foram utilizados. Resultados: No grupo hipóxia, a potência máxima aumentou em 14,96% e o número total de sprints realizado aumentou em 20,36%, ambos apresentaram grande tamanho de efeito (ES = 0,78 e ES = 0,71, respectivamente). Conclusão: Uma dose menor de treinamento de sprints repetidos em hipóxia leva a melhorias na potência máxima e no número de sprints no grupo hipóxia em jogadores de esportes coletivos, conforme demonstrado através do grande tamanho de efeito em ambos os casos. Nível de evidência II; Estudo prospectivo comparativo.
ABSTRACT Introduction: The traditional hypoxic training program used by endurance athletes was included in the training of team and/or racquet sports players. Objective: The aim of this study is to analyse the effect of a new lower dose of repeated-sprint training in hypoxia (RSH) as compared with previous studies on short and long-term physical performance of team sports players. Methods: Tests were performed before and after four weeks of supervised specific training and after two weeks of detraining. Twenty-four team-sport players voluntarily participated in the study (age: 22.73±2.87 years; weight: 70.20±3.42 kg; height: 176.95±1.63 cm; BMI: 22.42±2.26 kg/m2); the participants were randomly assigned to the RSH training group (n=8; FiO2= 14.6%), to the normoxia group (RSN) (n=8; FiO2= 20.9%) or to a third control group (CON) (n=8). The participants performed eight training sessions of two sets of five 10-second repeated sprints, with a recovery period of 20 seconds between sprints and a recovery period of 10 minutes at 120 W between sets. Body composition was measured following standard anthropometric evaluation procedures. The Wingate Test, Repeated-Sprint Ability Test, SJ, CMJ and Yo-Yo Intermittent Recovery Test were used to evaluate aerobic and anaerobic outcomes. Results: In the hypoxia group, maximal power increased by 14.96% and the total number of sprints performed increased by 20.36%, both with a large effect size (ES=0.78 and ES = 0.71, respectively). Conclusion: A lower dose of repeated-sprint training in hypoxia produces improvements in maximal power and number of sprints in the hypoxia group, in team sports players, as shown by the large effect size in both cases. Level of evidence II; Comparative prospective study.
RESUMEN Introducción: El tradicional programa de entrenamiento en hipoxia utilizado por los atletas de endurance fue incluido en el entrenamiento de los jugadores de deportes colectivos y/o de raqueta. Objetivo: El objetivo del presente estudio consiste en analizar el efecto de una nueva dosis menor de entrenamiento de sprints repetidos en hipoxia (SRH), en comparación con estudios anteriores sobre el desempeño físico de corto y largo plazo de los jugadores de deportes colectivos. Métodos: Los tests fueron realizados antes y después de cuatro semanas de entrenamiento específico supervisado y después de dos semanas de desentrenamiento. Veinticuatro jugadores de deporte colectivo participaron voluntariamente en el estudio (edad: 22,73±2,87 años; peso: 70,20±3,42 kg; estatura: 176,95±1,63 cm; IMC: 22,42 ±2,26 kg/m2); los participantes fueron aleatoriamente designados para el grupo de entrenamiento SRH (n=8; FiO2=14,6%) o para el grupo de normoxia (SRN) (n=8; FiO2=20,9%) o para un tercer grupo control (CON) (n=8). Los participantes realizaron ocho sesiones de entrenamiento de dos series de cinco sprints repetidos de 10 segundos con período de recuperación de 20 segundos entre los sprints y de 10 minutos a 120 W entre las series. La composición corporal fue medida siguiendo los procedimientos estándar de evaluación antropométrica. Para evaluar los resultados aeróbicos y anaeróbicos, fueron utilizados los tests de Wingate, test de habilidad de sprints repetidos, SJ, CMJ y Yo-Yo test de recuperación intermitente. Resultados: En el grupo hipoxia, la potencia máxima aumentó en 14,96% y el número total de sprints realizado aumentó en 20,36%, ambos presentaron gran tamaño de efecto (ES = 0,78 y ES = 0,71, respectivamente). Conclusión: Una dosis menor de entrenamiento de sprints repetidos en hipoxia lleva a mejoras en la potencia máxima y en el número de sprints en el grupo hipoxia en jugadores de deportes colectivos, conforme fuera demostrado a través del gran tamaño de efecto en ambos casos. Nivel de evidencia II; Estudio prospectivo comparativo.