Resumo Apresenta-se o perfil dos autores de mortes por agressões intencionais no município do Rio de Janeiro, em 2015, segundo dados de investigação da Polícia Civil do Estado (PCERJ) sobre letalidade violenta. É um estudo quantitativo descritivo e transversal. As informações englobam homicídios dolosos, roubo seguido de morte, lesões corporais seguidas de morte e homicídios provenientes de oposição à intervenção policial. Do total de 1.562 mortes, subtraíram-se as cometidas por intervenção policial. Dos 1.255 crimes estudados, apenas 20% tiveram os autores identificados. Demonstra-se a significância das atividades ilegais de traficantes de drogas e milicianos nas mortes. Mas também a da violência interpessoal nos espaços domésticos e de convivência e vizinhança. Existe grande semelhança entre o perfil dos autores e das vítimas de letalidade violenta no contexto urbano estudado: homens, jovens e adultos jovens entre 19 e 39 anos, negros e pardos, com baixa escolaridade e elevados níveis de desemprego e ocupação informal.
Abstract This study presents the profile of the perpetrators of deaths caused by intentional aggressions in Rio de Janeiro, Brazil, in 2015, as per data from the State Civil Police (PCERJ) investigations. This is a quantitative, descriptive, and cross-sectional study. The information encompasses “premeditated murder”, “larceny”, “bodily injury followed by death” and “homicide caused by resisting police intervention”. The study analyzes the profile of the authors of each category, except homicides committed by police intervention. The crimes committed by police intervention were excluded from the total number of the 1,562 identified deaths. Only about 20% of the perpetrators of the 1,255 crimes investigated were identified. The data recognized show the relevance of drug traffickers and militiamen illegal activities in the deaths and interpersonal violence in domestic and community spaces and neighborhoods. A remarkable similarity is observed between the profile of violent lethality perpetrators and victims in the studied urban contexts: men, young people, and young adults aged 19-39 years, blacks, with low schooling, high levels of unemployment, and informal occupations.