CONTEXTO: A malformação adenomatóide do pulmão tipo macrocística pode causar compressão mediastinal grave, hidropisia e polihidrâmnio aumentando a chance de óbito perinatal. Após a 33ª semana de gestação, recomenda-se realizar punções repetidas do cisto. Apresentamos um caso em que um dreno cístico-amniótico foi colocado e as punções foram evitadas. RELATO DE CASO: Um dreno cístico-amniótico foi colocado na 33ª semana de gestação devido a grande malfomação adenomatóide cística do pulmão associada a desvio de mediastino grave e polihidrâmnio. Apesar de o cateter ter sido identificado no local correto, o cisto voltou a crescer duas semanas após, repetindo o polihidrâmnio. Postulou-se que o cateter estava obstruído e optamos por colocar um novo cateter ao invés de realizar punções repetidas desse cisto. Foi observada regressão progressiva do volume do cisto, do polihidrâmnio e do desvio de mediastino. Na 38ª semana e meia, um menino de 3.310 g nasceu sem apresentar dificuldade respiratória, sendo submetido a toracotomia no 15º dia de vida. Portanto, no presente estudo, discute-se sobre a possibilidade de colocação do dreno cístico-amniótico no lugar de realizar punções repetidas do cisto mesmo em idades gestacionais próximas do termo.
CONTEXT: Macrocystic adenomatoid malformation of the lung can cause severe mediastinal shift, hydrops and polyhydramnios, thereby increasing the risk of perinatal deaths. After 33 weeks of gestation, repeated puncturing of the cyst is recommended. We present a case in which a cyst-amniotic shunt was placed instead of performing this procedure. CASE REPORT: A cyst-amniotic shunt was placed at 33 weeks of gestation because of a large macrocystic adenomatoid malformation of the lung associated with severe mediastinal shift and polyhydramnios. Although it was confirmed that the catheter was in the correct place, the cyst increased in size again two weeks later, associated with repetition of polyhydramnios. It was postulated that the catheter was blocked, and we chose to place another catheter instead of performing repeated punctures. The cystic volume, polyhydramnios and mediastinal shift regressed progressively. At 38.5 weeks, a 3,310/g male infant was delivered without presenting any respiratory distress. The infant underwent thoracotomy on the 15th day of life. Thus, in the present study, we discuss the possibility of placing a cyst-amniotic shunt instead of performing repeated cystic punctures, even at a gestational age close to full term.