FUNDAMENTO: O escore de risco TIMI (thrombolysis in myocardial infarction) é derivado de ensaio clínico envolvendo pacientes elegíveis para fibrinólise. Como o perfil de risco desses casos difere do encontrado em populações não selecionadas, é importante que se analise a aplicabilidade do escore em condições clínicas habituais. OBJETIVO: Avaliar o manejo e a evolução hospitalar de pacientes internados com infarto agudo do miocárdio conforme estratificação de risco pelo escore TIMI. MÉTODOS: Foram avaliados, retrospectivamente, 103 casos de infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST, admitidos no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, nos anos de 2004 e 2005. Os casos foram analisados em três grupos de risco de acordo com o escore TIMI. RESULTADOS: A mortalidade hospitalar pós-infarto foi de 17,5%. No grupo de baixo risco não houve óbito. A mortalidade foi de 8,1% no grupo de médio risco e de 55,6% no de alto risco. O risco de morte para casos de alto risco foi 14,1 vezes maior em relação aos casos de médio e baixo risco (IC95% = 4,4 a 44,1 e p<0,001). A chance de receber fibrinolítico foi 50% menor no grupo de alto risco em relação ao de baixo risco (IC95%= 0,27 - 0,85; p=0,004). CONCLUSÃO: Houve um aumento progressivo na mortalidade e na ocorrência de complicações hospitalares conforme estratificação pelo escore TIMI. Pacientes de alto risco receberam trombolítico menos frequentemente que pacientes de baixo risco.
BACKGROUND: The TIMI (Thrombolysis in Myocardial Infarction) risk score is derived from clinical trial involving patients who are eligible for fibrinolysis. As the risk profiles of these cases differ from those found in non-selected populations, it is important to review the applicability of the score in usual clinical conditions. OBJECTIVES: To evaluate the management and clinical evolution of hospital inpatients with acute myocardial infarction, according to risk stratification by the TIMI score. METHODS: We evaluated, retrospectively, 103 cases of acute myocardial infarction with ST-segment elevation admitted to the Hospital Nossa Senhora da Conceição - Tubarão, in 2004 and 2005. The cases were analyzed in three risk groups according to the TIMI score. RESULTS: The hospital mortality after infarction was 17.5%. In the low-risk group there was no death. The mortality was 8.1% in the medium risk group and 55.6% in the high-risk group. The risk of death in cases of high risk was 14.1 times higher than in the cases of medium and low risk (95% CI = 4.4 to 44.1 and p <0.001). The chance of receiving fibrinolytic was 50% lower in the high-risk group in relation to the low risk group (95% CI = 0.27 to 0.85, p = 0.004). CONCLUSION: There was a progressive increase in mortality and incidence of in-hospital complications according to the stratification by the TIMI score. High risk patients received thrombolytic less frequently than the patients at low risk.
FUNDAMENTO: El score de riesgo TIMI (thrombolysis in myocardial infarction) se derivó de ensayo clínico que implicó a pacientes elegibles para fibrinólisis. Como el perfil de riesgo de esos casos difiere del encontrado en poblaciones no seleccionadas, es importante que se analice la aplicabilidad del score en condiciones clínicas habituales. OBJETIVO: Evaluar el manejo y la evolución hospitalaria de pacientes internados con infarto agudo de miocardio de acuerdo con la estratificación de riesgo mediante la puntuación TIMI. MÉTODOS: Se evaluaron, retrospectivamente, 103 casos de infarto agudo de miocardio con supradesnivelamiento del segmento ST, ingresados en el Hospital Nossa Senhora da Conceição, en Tubarão, en los años de 2004 y 2005. Se analizaron los casos en tres grupos de riesgo según el score TIMI. RESULTADOS: La mortalidad hospitalaria postinfarto fue de un 17,5%. En el grupo de bajo riesgo no hubo óbito. La mortalidad fue del 8,1% en el grupo de medio riesgo y de un 55,6% en el de alto riesgo. El riesgo de muerte para casos de alto riesgo fue 14,1 veces mayor con relación a los casos de medio y bajo riesgo (IC95% = 4,4 a 44,1 y p<0,001). La probabilidad de recibir fibrinolítico fue el 50% menor en el grupo de alto riesgo con relación al de bajo riesgo (IC95%= 0,27 - 0,85; p=0,004). CONCLUSIÓN: Hubo un aumento progresivo en la mortalidad y en la ocurrencia de complicaciones hospitalarias según la estratificación mediante el score TIMI. Pacientes de alto riesgo recibieron trombolítico menos frecuentemente que pacientes de bajo riesgo.