Resumo Objetivo deste artigo é avaliar a prevalência de amamentação entre prematuros após a alta hospitalar. Coorte (idade gestacional < 33 semanas) acompanhada até 12 meses (idade corrigida). Variáveis: amamentação, medidas antropométricas, informações sociofamiliares. Calculadas as proporções de amamentação durante o acompanhamento. Realizada análise de sobrevida para estimar a duração da amamentação. Retornaram ao ambulatório 242/258 crianças (93,7%); 170 (69,9%) aos 6 e 139 (57,2%) aos 12 meses (idade corrigida). História de abortos (27,5%), natimortos (11,7%), óbito neonatal (9,5%), partos prematuros (21,1%) em 65,5% das mulheres. Alimentação na alta: 5,5% amamentação exclusiva, 65,8% leite materno e fórmula, 28,6% fórmula. Com 1 mês 81,3% estavam em aleitamento materno, diminuindo para 68,5 % aos 2 meses, 62,4% aos 3 meses, 48,1% aos 4 meses e 22,4% aos 6 meses (idade corrigida). A mediana da duração da amamentação foi de 4 meses. O aleitamento materno ocorreu até os quatro meses de idade corrigida em quase metade da população. Apesar da necessidade de melhorar estas taxas, estes resultados podem refletir o perfil da Unidade, pertencente à Iniciativa Hospital Amigo da Criança. A manutenção do aleitamento materno em lactentes pré-termos após a alta hospitalar continua sendo um desafio, para as mães e para os profissionais de saúde.
Abstract This paper aims to evaluate the prevalence of breastfeeding among premature infants following hospital discharge. Cohort (< 33 gestation weeks) followed up to 12 months (adjusted age). Variables: breastfeeding, anthropometric measurements, social and family information. The proportion of breastfeeding during follow-up was calculated. Survival analysis was conducted to estimate breastfeeding duration. In total, 242 of the 258 infants (93.7%) returned to follow-up; 170 (69.9%) at 6 months and 139 (57.2%) at 12 months (adjusted age). A history of miscarriages (27.5%), stillbirths (11.7%), neonatal deaths (9.5%) and preterm births (21.1%) was noted in 65.5% of women. At hospital discharge: 5.5% received exclusive breastfeeding, 65.8% breastfeeding and formula, 28.6% formula. At month 1, 81.3% received breastfeeding, decreasing to 68.5% at month 2, 62.4% at month 3, 48.1% at month 4 and 22.4% at month 6 (adjusted age). The median of breastfeeding duration was 4 months. Breastfeeding occurred up to four months adjusted age in almost half of the population. Despite the need to improve these rates, the results could reflect the profile of the Child-Friendly Hospital Initiative Unit. Maintaining breastfeeding amongst preterm infants following hospital discharge is still a challenge, for both mothers and health professionals.