Over the last few years, most social media platforms have incorporated the possibility for users to create, share, and watch live video. In so-called ‘lives’, musicians, politicians, influencers and ordinary people alike broadcast content with varying degrees of improvisation and fluctuating production efforts, often from the intimate space of their domestic environments. This article aims to position the popularization of this format within the context of the culture of connectivity, and to offer some initial theoretical notes for the understanding of this phenomenon that has acquired new visibility thanks to the recent need for social isolation. Here, I identify exemplary types of live-streaming videos – which I designate as musical, conversational, instructive, speech, and companionship-based. Then, I characterize as the central features of contemporary live broadcasts their immediacy, apparent authenticity – which in turn results from their relative unpredictability, but also from efforts in producing a sense of spontaneity, intimacy and transparency –, and the sense of shared experiencing.
Nos últimos anos, as mais populares plataformas de mídias sociais incorporaram a possibilidade de seus usuários criarem, compartilharem, e assistirem vídeos ao vivo. Nas chamadas lives, músicos, políticos, influenciadores e pessoas comuns fazem transmissões com variados níveis de improviso e flutuantes esforços de produção, frequentemente a partir do espaço íntimo de seus ambientes domésticos. Este artigo objetiva posicionar criticamente a emergência das lives no contexto da cultura da conectividade, e propor notas teóricas para a compreensão desse fenômeno que ganhou nova visibilidade graças ao isolamento social. São identificados tipos considerados exemplares – aqui denominados lives musicais, conversacionais, instrutivas, de pronunciamento, e de companhia. Além disso, são apontados como aspectos centrais às lives o imediatismo, a aparente autenticidade – resultante da relativa imprevisibilidade, mas também de esforços em criar impressões de espontaneidade, familiaridade, intimidade e transparência –, e a sensação de experiência compartilhada.