RESUMO Trata-se de um estudo quantitativo de corte transversal, que teve por objetivo: estimar o risco de fragilidade em idosos comunitários e seus fatores associados. A amostra foi composta por 179 idosos adscritos a Unidades de Saúde da Família do município de Recife (PE). A fragilidade foi avaliada por meio do Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional. Dados sociodemográficos, avaliação cognitiva, nível de atividade física e risco nutricional/desnutrição corresponderam às variáveis independentes. A prevalência de fragilidade foi equivalente a 13%. O teste de independência foi significativo segundo sexo, idade, situação previdenciária, e nos idosos com capacidade cognitiva comprometida e desnutridos. Sobre o desenvolvimento de fragilidade, idosos com idades entre 71 e 80 anos apresentam oito vezes mais risco; na faixa etária de 81 a 90 anos, o risco é nove vezes superior. Idosos sujeitos a desnutrição possuem o dobro de risco, e a desnutrição aumenta em cinco vezes o risco de fragilidade. Os achados mostram que alguns fatores associados são imutáveis, porém a desnutrição, por exemplo, é passível de modificação, a partir do manejo na atenção básica de saúde.
ABSTRACT This is a cross-sectional quantitative study whose objective was to estimate the risk of frailty in community-dwelling elderly and their associated factors. The sample consisted of 179 elderly people enrolled in Family Health Units in Recife (PE). Frailty was evaluated using the Clinical-Functional Vulnerability Index. Sociodemographic data, cognitive evaluation, level of physical activity and nutritional risk/malnutrition corresponded to the independent variables. The prevalence of frailty was equivalent to 13%. The independence test was significant according to gender, age, social security status, and in elderly with impaired cognitive ability and malnutrition. Regarding the development of frailty, people aged 71 to 80 years presented eight times more risk; in the age group of 81 to 90 years, the risk is nine times higher. Elderly people subject to malnutrition have twice the risk, and malnutrition increases by five times the frailty risk. The findings show that some associated factors are immutable, but malnutrition, for example, is susceptible to change, from management in Primary Health Care.