Para monitorar a assistência com financiamento não SUS, o Ministério da Saúde do Brasil instituiu a obrigatoriedade do preenchimento da Comunicação de Informação Hospitalar e Ambulatorial (CIHA) em todos os serviços de saúde do país. Considerando que a qualidade dos dados é fundamental, este estudo analisou a cobertura da CIHA nas Unidades da Federação (UF), tomando como padrão os dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) do período de 2006 a 2009. A cobertura da CIHA foi baixa em quase todas as UF, menos de um quarto dos partos que foram registrados no SINASC, decrescendo desde 2006 (24,4%) até 2009 (19,7%). A variação entre as UF foi expressiva, sendo São Paulo (71,9% em 2006; 46,4% em 2009), Rio Grande do Sul (35,8% em 2006; 29,5% em 2009) e Santa Catarina (31,6% em 2006; 37,7% em 2009) as que apresentaram os melhores resultados. As outras UF apresentaram cobertura inferior a 20%. Mecanismos de supervisão da coleta e o uso da CIHA para apoiar a decisão são atividades importantes na sua constituição como um instrumento para planejamento e avaliação da assistência.
The Brazilian Ministry of Health established mandatory completion of the Hospital and Outpatient Information Form (CIHA) in all the country's health services in order to monitor care funded by sources other than the Unified National Health System (SUS). Considering that data quality is essential, this study analyzed coverage of the CIHA in the States and Federal District, taking data from the Information System on Live Births (SINASC) from 2006 to 2009 as the standard. Coverage of the CIHA was low in nearly all of the States, corresponding to fewer than one-fourth of the births recorded in the SINASC, decreasing from 24.4% in 2006 to 19.7% in 2009. There was a wide variation between the States, with the best results in São Paulo (71.9% in 2006; 46.4% in 2009), Rio Grande do Sul (35.8% in 2006; 29.5% in 2009), and Santa Catarina (31.6% in 2006; 37.7% in 2009). The other States showed less than 20% coverage. Mechanisms for data collection and use of the CIHA to support decision-making are important for planning and evaluating healthcare.