Este artículo tiene como objetivo analizar la asociación de los indicadores sociales con el empeoramiento de la inseguridad alimentaria entre 2013 y 2018 en diferentes regiones de Brasil. Se analizaron datos de corte transversal de la Encuesta Nacional por Muestra de Domicilios (2013) y de la Encuesta de Presupuestos Familiares (2018). Se investigaron muestras representativas a nivel nacional de 110.750 y 57.920 hogares, respectivamente. La inseguridad alimentaria se evaluó mediante la Escala Brasileña de Inseguridad Alimentaria, estimando los cambios porcentuales en los niveles de inseguridad alimentaria entre dos períodos (2013 y 2018), según las variables sociodemográficas. La asociación de los indicadores sociales con la inseguridad alimentaria desagregada por regiones se estimó mediante modelos de regresión logística multinomial. A pesar de que el Norte y el Nordeste tenían las proporciones más altas de inseguridad alimentaria, el Sudeste y el Centro-oeste fueron las regiones con el mayor aumento de la inseguridad alimentaria en los mismos períodos. Los ingresos fueron el indicador con mayor asociación con la inseguridad alimentaria, tanto en las encuestas de 2013 como en las de 2018. También se observó la asociación de la presencia de tres o más residentes menores de 18 años con el mayor riesgo de inseguridad alimentaria en el Norte y en el Sur. El aumento de la inseguridad alimentaria durante la crisis económica brasileña se produjo de forma desigual entre las regiones y reforzó la desigualdad regional, además de haber sido mayor entre las familias con peores condiciones de vida social y económica, contribuyendo a la desigualdad social en el país. Se refuerza la necesidad de fortalecer las políticas públicas para promover la seguridad alimentaria y la nutrición, según las iniquidades sociales regionales.
Este artigo tem como objetivo analisar a associação entre indicadores sociais e o agravamento da insegurança alimentar entre 2013 e 2018 em diferentes regiões do Brasil. Foram analisados dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (2013) e da Pesquisa de Orçamentos Familiares (2018). Foram investigadas amostras nacionalmente representativas de 110.750 e 57.920 domicílios, respectivamente. A insegurança alimentar foi avaliada pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, estimando as variações percentuais nos níveis de insegurança alimentar entre dois períodos (2013 e 2018), segundo variáveis sociodemográficas. A associação entre indicadores sociais e insegurança alimentar desagregada por região foi estimada através de modelos de regressão logística multinomial. Apesar de o Norte e o Nordeste terem as maiores proporções de insegurança alimentar, o Sudeste e o Centro-oeste foram as regiões com maior aumento da insegurança alimentar durante os mesmos períodos. A renda foi o indicador com maior associação com insegurança alimentar, tanto nas pesquisas de 2013 quanto em 2018. Observou-se também a associação da presença de três ou mais moradores menores de 18 anos com maior risco de insegurança alimentar no Norte e no Sul. O aumento da insegurança alimentar durante a crise econômica brasileira ocorreu de forma desigual entre as regiões, além de ter sido maior entre as famílias com piores condições de vida econômica e social, o que reforçou a desigualdade regional, contribuindo para a desigualdade social no país. Reforça-se a necessidade de fortalecer políticas públicas de promoção da segurança alimentar e nutricional, de acordo com as iniquidades sociais regionais.
This study aims to analyze the association between social indicators and the worsening of food insecurity in 2013 and 2018 in different regions of Brazil. Data from the Brazilian National Household Sample Survey (2013) and Brazilian Household Budgets Survey (2018) were analyzed, considering nationally representative samples of 110,750 and 57,920 households, respectively. Food insecurity was assessed using the Brazilian Food Insecurity Scale by estimating the percentage changes in food insecurity levels between 2013 and 2018, according to sociodemographic variables. The association between social indicators and food insecurity disaggregated by region was estimated using multinomial logistic regression models. Although North and Northeast regions had higher proportions of food insecurity, the Southeast and Central-West regions had the highest increase in food insecurity in the same periods. Income was the indicator with the highest association with food insecurity both in 2013 and 2018. We also observed the association between the presence of three or more residents aged under 18 in a household and a higher risk of food insecurity in North and South regions. Food insecurity increased unevenly among regions during the Brazilian economic crisis, which reinforced regional inequality. Moreover, food insecurity was greater among households with worse social and economic living conditions, contributing to social inequality in the country. Thus, strengthening public policies to promote food security and nutrition according to regional social inequities is necessary.