Controlling education policies has been a recurring practice for the business community, and the high school reform has become symbolic of such influence. This paper analyze the significance of the youth and high school education project by the business community, thus unveiling its purposes and assumptions and how they are linked to the reform. This analysis arises from research conducted at a Master’s level that used primary and secondary sources, such as documents produced by corporate foundations, notably the organization Todos pela Educação [All for Education] and Instituto Unibanco, as well as regulatory and normative documents. From this set of documents, three analytical categories were selected, since they were deemed the most relevant for the way they support the proposals of the business community: competence pedagogy, accountability and youth protagonism. This paper concludes that the business community’s education project for the working class youth is characterized by a ‘capture’ of subjectivity: social-emotional skills seek to imprint in young people self-control, team working and resilience, in the midst of the structural crisis of capital; accountability aims at the subjectivation of neoliberal rationality resulting from financial capital with its neurotic pursuit of increases in ‘human capital’; and youth protagonism is characterized as a strategy through which capital seeks to 'actively submit' young people to its rationality, that is to say, through manipulative discourses and strategies, it seeks to make young people believe that they are the authors of their own domination.
Orientar las políticas educativas es una actividad recurrente del empresariado, lo que se expresa de forma emblemática en la reforma de la escuela secundaria actual. Este artículo analiza el significado del proyecto educacional del empresariado para jóvenes y para la escuela secundaria, desvelando sus propósitos y presupuestos, y la forma en que se articularon con la Reforma. Este análisis proviene de una investigación de maestría que utilizó fuentes primarias y secundarias, como documentos elaborados por fundaciones empresariales - con énfasis en Todos Por la Educación y en el Instituto Unibanco -; documentos legislativos y normativos. De este conjunto de documentos se seleccionaron tres categorías analíticas, consideradas las más relevantes por la forma en que fundamentan las propuestas del empresariado: la pedagogía de las competencias, o accountability y el protagonismo juvenil. Se concluye que el proyecto educativo del empresariado para los jóvenes de clase trabajadora se caracteriza por una 'captura' de la subjetividad, en la que las competencias socioemocionales buscan encarnar en los jóvenes el autocontrol, el trabajo en equipo y la resiliencia - en medio de la crisis estructural de capital -; el accountability pretende subjetivar la racionalidad neoliberal procedente del capital financiero, con su búsqueda neurótica por el aumento del "capital humano"; y el protagonismo juvenil se caracteriza como una estrategia mediante la cual el capital busca 'someter activamente' a los jóvenes a su racionalidad, es decir, mediante discursos y estrategias de manipulación, busca hacerles creer que son los autores de su propia dominación.
Pautar as políticas educacionais tem sido uma atividade recorrente do empresariado, e a reforma do ensino médio se consolidou como um traço emblemático desta influência. Este artigo analisa o significado do projeto educacional do empresariado para a juventude e para o ensino médio, desvelando seus propósitos e pressupostos, e a maneira como se articularam à Reforma. Esta análise tem origem em uma pesquisa de mestrado que fez uso de fontes primárias e secundárias, como documentos elaborados por fundações empresariais – com destaque para o Todos Pela Educação e o Instituto Unibanco –; documentos legislativos e normativos. A partir desse conjunto de documentos, foram selecionadas três categorias analíticas, consideradas mais relevantes pela maneira como fundamentam as propostas do empresariado: a pedagogia das competências, o accountability e o protagonismo juvenil. Conclui-se que o projeto educacional do empresariado para a juventude da classe trabalhadora se caracteriza por uma ‘captura’ da subjetividade, em que as competências socioemocionais procuram encarnar nos jovens o autocontrole, o trabalho em equipe e a resiliência – no seio da crise estrutural do capital –; o accountability pretende subjetivar a racionalidade neoliberal advinda do capital financeiro, com sua persecução neurótica pelo incremento de ‘capital humano’; e o protagonismo juvenil se caracteriza como uma estratégia pela qual o capital procura ‘submeter ativamente’ os jovens à sua racionalidade, ou seja, por meio dos discursos e das estratégias de manipulação, busca fazer o jovem acreditar que é o autor de sua própria dominação.