O objetivo deste estudo é avaliar o conhecimento sobre HIV/aids dos participantes de grupos de convivência do Vale do Sinos, Rio Grande do Sul. O estudo caracterizou-se como transversal, obtendo-se uma amostra de 510 pessoas, sendo 17,5% homens e 82,5% mulheres, na faixa etária entre 60-90 anos. Utilizou-se o questionário sobre HIV para terceira idade, que abrange características gerais dos participantes e questões relativas à aids, organizadas nos domínios "conceito", "transmissão", "prevenção", "vulnerabilidade" e "tratamento". Quase metade (48,4%) dos participantes relatou ter cursado de quatro a sete anos de estudo e a renda mensal de 52,2% foi de um a três salários mínimos. Nos domínios "conceito" e "transmissão", 49,4% desconheciam a fase assintomática da infecção pelo HIV e 41,4% acreditavam que a aids poderia ser transmitida pelo mosquito. No âmbito dos domínios "prevenção" e "vulnerabilidade", 25,5% não sabiam da existência da camisinha feminina e 36,9% consideravam a aids uma síndrome somente de homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo e usuários de drogas. Quanto ao "tratamento", 12,2% ignoravam a sua existência. Constataram-se lacunas no conhecimento sobre HIV/aids na amostra avaliada, demonstrando a necessidade de programas de saúde pública que visem à elucidação das principais dúvidas.
The objective of this study was to assess the knowledge about HIV/AIDS in participants of companionship groups in the Vale do Sinos, Rio Grande do Sul, Brazil. It was a prospective cross-sectional study in a sample of 510 individuals, 17% males and 82.5% females aged between 60 and 90 years. We used the Questionnaire on HIV for the Old Aged, which comprises the general characteristics of the participants and questions concerning HIV/AIDS, organized into the elements 'concept', 'transmission', 'prevention', 'vulnerability', and 'treatment'. Nearly half of the participants (48.4 %) reported having studied 4 to 7 years and the monthly income of 52.2% was of 1 to 3 minimum wages. In the dimensions concept and transmission, 49.4% had no idea about the asymptomatic phase of the infection, and 41.4% believed HIV could be transmitted by a mosquito bite. With regard to prevention and vulnerability, 25.5% did not know about the female condom and 36.9% considered AIDS a disease confined to men who have sex with men, sex workers, and injection-drug users. Regarding antiretroviral treatment, 12.2% ignored its existence. Elderly people in companionship groups have important misconceptions about HIV/AIDS, which can increase their risk of infection. There is a need for public health programs directed to this population in order to prevent or decrease the risk of HIV transmission.