Abstract The aim of this article is to explain the inequality in the spatial distribution of the LGBT night economy in the central and southern regions of Rio de Janeiro in relation to the rest of the city. The central argument points out that, based on the exclusionary parameters of “pink capitalism”, the city government has revitalized certain areas, inspected public spaces and actions by entrepreneurs and promoted the fight against LGBTphobia, However, it focused on revitalized or valued areas of the city. In turn, although entrepreneurs supported cultural projects and created jobs for creative professionals, they were mostly focused on high income gay men, and concentrated their investments in the Southern Region and Center of the city. Additionally, users have become responsible for selecting the places and organizing them for nightlife, regarding areas in the City Center and Southern Region as symbolic spaces of mutual recognition for protecting and permitting them to exercise their identity in contrast to other regions associated with prejudice and rejection.
Resumo O objetivo deste artigo é explicar a desigualdade na distribuição espacial da economia noturna LGBT existente entre as regiões central e sul do Rio de Janeiro e o restante da cidade. O argumento principal é o de que a prefeitura, baseada nos parâmetros excludentes do “capitalismo rosa”, reurbanizou certas zonas, fiscalizou espaços públicos e ações dos empresários e promoveu o combate à LGBTfobia, entretanto, concentrou suas ações nas áreas revitalizadas ou valorizadas da cidade. Por sua vez, o empresariado auxiliou projetos culturais e gerou empregos para profissionais criativos. Com foco no público masculino gay de renda mais alta, ele fez mais investimentos na Zona Sul e no centro da cidade do que em outros locais. Ademais, como será demonstrado, os usuários se tornaram responsáveis pela seleção dos lugares e a organização deles para a vida noturna, vendo regiões do centro e da Zona Sul como espaços simbólicos de reconhecimento mútuo para a proteção e o exercício pleno da sua identidade, em contraste com outras áreas, normalmente associadas ao preconceito e à rejeição.